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domingo, 16 de março de 2025
Lados

Vanderlan se posiciona contra Calheiros

Senador Renan Calheiros já foi alvo de 18 inquéritos no Supremo Tribunal Federal e concorre à presidência do Senado Federal

Postado em 19 de janeiro de 2019 por Sheyla Sousa
Vanderlan se posiciona contra Calheiros
Senador Renan Calheiros já foi alvo de 18 inquéritos no Supremo Tribunal Federal e concorre à presidência do Senado Federal

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Venceslau Pimentel

O senador eleito Vanderlan Cardoso (PP) engrossa as fileiras da corrente anti-Renan Calheiros, no processo sucessório no Senado, para derrotar o emedebista alagoano na eleição do dia 1º de fevereiro. Vanderlan diz apoiar a alternância de poder, apesar de reconhecer que Calheiros seja o favorito na disputa. 

Cardoso já declarou apoio ao correligionário Esperidão Amin (SC), cuja disputa conta ainda com Tasso Jereissati (PSDB-CE), Simone Tebet (MDB-MS) e Major Olímpio (PSL-SP), partido do presidente Jair Bolsonaro, lançado para contrapor à força de Calheiros.

O senador goiano, ao defender Amin, prega a alternância no poder no Senado pra oxigenar as forças políticas na Casa. “Também defendo a alternância no poder, e a presidência do Senado precisa de novos ares”, justifica. “Pensando nisso é que nós, do PP, temos um candidato que é muito capacitado. Estamos apoiando o senador Esperidião Amim, que é professor universitário, foi prefeito, governador, deputado federal e senador”, pontuou.

Vanderlan Cardoso considera o senador alagoano o favorito na disputa, mas lembra que ele enfrenta resistência popular, por causa do seu envolvimento em escândalos, como a Operação Lava-Jato. Calheiros já foi alvo de 18 inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Tem sido citado, com freqüência, em delações premiadas que envolvem suposto pagamento de propina e caixa 2 em campanhas eleitorais. Mesmo assim, foi reeleito para mais um mandato.

Por conta da votação secreta, a avaliação nos bastidores do Senado é de que essa forma de escrutínio favorece Renan Calheiro. Por isso, Cardoso tem sido defensor do voto aberto, por entender que essa transparência ajuda a dar mas clareza às ações dos parlamentares e facilita à população acompanhar o trabalho ali desenvolvido. “O voto tem que ser aberto, é fundamental que haja transparência na atuação parlamentar e o cidadão precisa conhecer os posicionamentos do político que ele ajudou eleger”, diz.

Porém, ele lembra que o STF foi praticamente judicializado, quando o ministro Marco Aurélio Mello concedeu uma liminar para que a votação fosse aberta, mas que foi derrubada pelo presidente, Dias Toffoli. 

Vanderlan Cardoso considera que a independência dos poderes deve ser preservada. “Considero importante ressaltar que os poderes precisam ser independentes para funcionar adequadamente em uma democracia. Essa definição de voto para presidente é uma prerrogativa do Senado Federal e não pode ser mudada por decisão do Executivo ou do Judiciário”, diz. “É fundamental que se respeite o regimento interno da Casa”, arrematou.

Mas não é só entre os senadores que cresce o movimento contra Renan Calheiros. Governadores como o de São Paulo, Doria Júnior (PSDB), que vem articulando em favor o seu correligionário Jereissati. Em outra ponta, o Movimento Brasil Livre (MBL) acaba de lançar uma “vaquinha online”, com o objetivo de bancar manifestações contra a candidatura do emedebista, inclusive nas redes sociais. Já batizou a manifestação como “Operação Fora, Renan”.

A entidade também já protocolou ação no STF, para impedir a candidatura do senador alagoano.O presidente do Senado é também presidente do Congresso e o 3º na linha de substituição da Presidência da República, logo após o presidente da Câmara. 

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