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terça-feira, 4 de março de 2025
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Catalunha

Milhares de espanhóis protestam em Madri contra atuação do governo

Manifestantes criticam primeiro-ministro por aceitar dialogar com separatistas da Catalunha

Postado em 11 de fevereiro de 2019 por Sheyla Sousa
Milhares de espanhóis protestam em Madri contra atuação do governo
Manifestantes criticam primeiro-ministro por aceitar dialogar com separatistas da Catalunha

A Espanha teve, neste domingo(10), dois protestos, um na capital, Madri, e outro em Santiago de Compostela, noroeste do país. Em Madri, dezenas de milhares de pessoas protestaram contra o primeiro-ministro do país, Pedro Sánchez (PSOE), defenderam a unidade da Espanha e eleições gerais. O ato foi convocado pelos partidos de direita e extrema-direita PP, Ciudadanos e Vox.

Milhares de pessoas se reúnem durante um protesto convocado pelos partidos de oposição de direita contra o primeiro-ministro espanhol Pedro Sanchez, na praça Colon, em Madri, Espanha.

O protesto foi uma resposta à posição de Sánchez de aceitar dialogar com separatistas da Catalunha. Ontem (9), o primeiro-ministro afirmou que, a despeito disso, não aceitaria o resultado de um referendo para votar a independência do estado. Forças separatistas têm pleito antigo nesse sentido e em 2017 tentaram declarar independência, sem sucesso.

Os organizadores do ato afirmaram, em manifesto lido no evento, “seu profundo rechaço à traição perpetrada pelo governo da Espanha na Catalunha”. Segundo eles, o governo “cedeu à chantagem daqueles que querem destruir a convivência cidadã no país”. Em falas no protesto, condenaram o fato de Sánchez ter cedido a exigências dos separatistas para viabilizar a aprovação do orçamento geral do país.

Ao fazer isso, acrescentaram, o primeiro-ministro teria descumprido sua obrigação de resguardar a ordem constitucional do país e renunciado à preservação da unidade nacional. Caberia apenas ao conjunto do povo espanhol decidir sobre aspectos nesse sentido, inclusive sobre “o que é a Espanha e o que pode deixar de ser a Espanha”.

A partir desse conjunto de críticas, e rejeitando o aceite ou concessões do governo ao avanço e à concretização do processo de separação pretendido por grupos catalães, os partidos de direita incluíram como pauta do protesto a convocação de eleições gerais imediatamente.

Santiago

A pouco mais de 600 quilômetros, em Santiago de Compostela, no estado da Galícia, outro protesto reuniu milhares de pessoas. A pauta central era a defesa do sistema de saúde pública do estado contra propostas que, segundo os autores da manifestação, podem gerar prejuízos aos usuários ou o seu desmonte.

Contudo, em falas duranre a manifestação e nas redes sociais, apoiadores estabeleceram uma contraposição entre os dois atos, rejeitando o protesto em Madri por críticas aos partidos de direita e enaltecendo a atividade em Santiago.

Na rede social Twitter, o primeiro-ministro Pedro Sánchez ressaltou que o governo “trabalha pela unidade da Espanha e que isso significa unir os espanhóis, e não enfrentá-los, como fazem as direitas”. Segundo o primeiro-ministro, a democracia envolve muitas alternativas. “E a nossa é convivência, lei e diálogo na Catalunha”. (*Agência Brasil). 

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