Secretária de Educação define metas e aponta manipulação
Sobre o IDEB, a secretária aponta que se preocupa “mais com a régua”, ou seja, aumentar a nota média de 4,3, do que com o ranking entre os estados
A secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli, prefere
não abordar o assunto de forma detalhada para não se ater a questões políticas
em trabalho pautado pelo critério técnico, mas confirma que o primeiro lugar
atingido por Goiás no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) está
longe de ser uma referência sobre efetiva qualidade do sistema. “O primeiro
lugar em 2017 veio por conta do fluxo, que mede aprovação, reprovação e evasão.
Em Goiás não tem evasão ou reprovação?”, questiona a secretária ao indicar que
os alunos foram aprovados para buscar a boa avaliação nacional, mas sem terem
de fato a proficiência. Tanto que, cita a professora Fátima, foram “abaixo do
esperado” e “fraquíssimas” as notas de alunos de Goiás, do terceiro ano do
ensino médio na prova de matemática do Sistema de Avaliação da Educação no
Estado de Goiás (Saego), realizada no final do ano passado. Sobre o IDEB, a
secretária aponta que se preocupa “mais com a régua”, ou seja, aumentar a nota
média de 4,3, do que com o ranking entre os estados.
Aos livros
O resultado do Saego acendeu luz vermelha na secretaria, já
que os alunos farão em novembro a Prova Brasil, base para o MEC calcular o IDEB
de 2020. Gavioli já articula ações de reforço na preparação para a prova.
Folha de dezembro
“Temos compromisso com a secretária de Economia de que, tudo
o que economizarmos, volta para a Educação. Nesta segunda, vamos receber R$ 11
milhões em retorno e nova parcela dos salários atrasados será paga”, garante
Fátima.
NOTA COM FOTO DE MAJOR VITOR HUGO
Líder condena fogo
amigo
O líder da base do presidente Jair Bolsonaro (PSL), o
deputado Major Vitor Hugo, eleito pelo PSL de Goiás, não deixou barato o fogo
amigo lançado pelo deputado federal delegado Waldir Soares, que é líder do
partido na Câmara federal, em declarações à mídia nacional. O delegado sugeriu
a troca do de Vitor Hugo por um parlamentar mais experiente. “Acho que ela tem
que ser ocupada por um parlamentar que tenha bastante experiência, trânsito,
muito afeito ao diálogo, que tenha excelente relacionamento com Rodrigo Maia,
com o presidente do Senado, Davi, com o Onyx e o próprio Bolsonaro. Tem que
preencher todos esses requisitos”, disse Waldir. Pelas redes sociais, o major
foi direto e preciso, replicando a notícia com declarações do colega goiano. “De
que forma você, delegado Waldir, pensa que declarações como essa ajudam o
Governo, o PSL e o Presidente?”, retrucou o líder, que não tem admitido que
insatisfações internas sejam levadas a público antes de debatidas internamente.
E tem o respaldo do Palácio do Planalto para isso.
CURTAS
Crítica – “O recado
de muitos é que não vão dialogar com o atual líder. Os deputados estão dizendo
isso. Na reunião passada, tinha cinco pequenos partidos”, bate Waldir.
Duas bases – O
delegado se refere à esvaziada reunião da semana passada, em que foram
convocados líderes do “apoio consistente” e “apoio condicionado”. Pegou mal.
Retomada – O
instituto Inhotim reabriu as portas neste fim de semana, depois de paralisação
por conta da tragédia da Vale, em Brumadinho (MG).
Finanças
A Câmara de Goiânia deverá agilizar a tramitação de projetos
prioritários da prefeitura nesta semana. Ao menos o Paço espera que haja
polêmica para a aprovação, por exemplo, do parcelamento de dívidas com
fornecedores e prestadores de serviço.
Acumulado
O montante chegou a ser de quase R$ 1 bilhão, mas com a
reforma da previdência e o pagamento em dia dos atuais serviços, a prefeitura
deverá dividir em até 24 meses a soma de R$ 200 milhões.
‘Socialistas’
Filiados ao PSB da ex-senadora Lúcia Vânia, o deputado
federal Elias Vaz e o presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira,
defendem independência do Legislativo. Tanto aqui em Goiânia quanto em
Brasília.
Agenda
Os dois pessebistas se reuniram na última semana e Lissauer
visitará hoje o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Tribunal de Contas dos
Municípios (TCM). À tarde, estará com o presidente do Tribunal de Justiça,
desembargador Walter Carlos Lemes.
Por enquanto
Lúcia Vânia fica à frente do PSB de Goiás até 2020, mas
considera entregar a sigla antes. Avalia dois aspectos: orientações nacionais e
estruturação da lideranças no estado. Teve reforço com a filiação do senador
Jorge Kajuru.
Bolso
Deputados estaduais midiáticos, os que dependem
do ‘denuncismo’ nas redes sociais, iniciam competição sobre devolução de
auxílios e verbas de gabinete. Será que cola?