Fiscal da Enel é preso suspeito de fraudar e furtar energia elétrica
Além do funcionário de uma empresa terceirizada da Enel, outros eletricistas atuavam no esquema de corrupção
Eduardo Marques
Quatro pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (14/02) suspeitas de fraudar e furtar energia elétrica em Goiás. Entre os presos na operação está um funcionário terceirizado da Enel que atuava no setor de fiscalização.
Conforme informações do delegado adjunto da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) e responsável pela operação, Rodrigo Godinho, a Operação Energia Negativa cumpriu, até agora, quatro mandados de prisão. Mandados de busca e apreensão, de quantidade ainda não informada, estão sendo cumpridos em residências e estabelecimentos comerciais.
Godinho conta que os suspeitos trabalhavam em conjunto no esquema que roubava energia elétrica em Goiás. Segundo Godinho, Paulo Ricardo Alves Pinheiro Duarte, um dos presos, é funcionário de uma empresa terceirizada da Enel Distribuição, empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica em Goiás, e atuava no setor de fiscalizações.
Os outros três presos, Murillo Marques de Moraes Barra, Fabiano Pereira da Costa e Gustavo Furtado Paiva, são eletricistas que realizavam as fraudes em equipamentos específicos para furtar energia elétrica.
Resposta
Em nota, a Enel Distribuição Goiás informa que atuou em parceria com a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor do Estado de Goiás (Decon) na operação que levou à prisão de 4 pessoas, entre os quais um funcionário terceirizado da empresa.
A distribuidora ressalta que adota rigorosos padrões éticos em suas operações e reprova qualquer tipo de desvio de conduta. A ação teve início a partir de denúncias nos canais de atendimento da Enel, que mantém controles de segurança para garantir a transparência de todos os seus processos. Em caso de desvios de conduta, a empresa monitora e trabalha em parceria com a polícia para identificar os autores.
A companhia reforça, ainda, que além de ser crime, o furto de energia afeta diretamente a qualidade do serviço prestado pela empresa, coloca em risco a segurança das pessoas e impacta na tarifa de energia.