Presidente do Imas é preso suspeito de fraudes e desvio de dinheiro do órgão
Conforme investigação, fraudes aconteciam com adulteração de documentos e atendimentos médicos inexistentes, registrados em uma clínica de fachada
Eduardo Marques
O presidente do Instituto de Assistência a Saúde e Social dos Servidores Municipais de Goiânia (Imas), Sebastião Peixoto, e outros 5 médicos foram presos na madrugada desta quinta-feira (21/02) suspeitos de participar de um esquema de fraude e desvio do instituto.
Batizada de “Fatura Final”, a ação investiga a falsificação e a adulteração de documentos por uma organização criminosa com o intuito de apropriar-se de verbas do instituto. O alvo do grupo era um contrato no valor de R$ 10 milhões com uma clínica de fachada, onde, conforme o MP-GO, “as fraudes aconteciam em atendimentos médicos inexistentes”.
Outras nove ordens de busca a apreensão são executadas, na sede do Imas e em clínicas que participariam do esquema.Conforme os promotores de Justiça que atuam no caso, foi constatado “uso indevido de registros de conveniados do Imas” em vários procedimentos fraudulentos. Essa manobra era realizada para beneficiar uma clínica conveniada ligada a um diretor do instituto.
Além disso, apura-se a existência de outras fraudes no instituto, notadamente, o vultoso aumento de faturamento e benefícios para pagamento de hospitais e prestadores de serviço do instituto. A operação conta com apoio do Centro de Inteligência do MPGO e da Polícia Militar (PM).
Resposta
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informa que já estava e continuará colaborando com o andamento das investigações feitas pelo Ministério Público e que dará a devida resposta judicial a todos os fatos levantados até o momento. De imediato, o presidente do Imas, Sebastião Peixoto, e todos os envolvidos serão afastados de seus cargos até a conclusão das investigações.
Matéria atualizada em 21/2/2018, às 11h44.