Homem suspeito de cobrar para ‘furar fila’ de cirurgia é solto
De acordo com as investigações, ele agia há 15 anos e pedia até R$ 2 mil para que as vítimas não precisassem ficar na fila de espera
Da Redação
O servidor público Eder Alves Rocha, de 51 anos, suspeito de vender vagas para cirurgias na rede pública, em Goiás, deixou a prisão nesta sexta-feira (22/02). Segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), ele foi liberado da Central de Triagem, no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, após a apresentação de um alvará de soltura.
Eder, que é assessor comissionado da Prefeitura de Minaçu, no norte de Goiás, havia sido detido no último dia 12, na Capital. De acordo com as investigações, ele agia há 15 anos e pedia até R$ 2 mil para que eles não precisassem ficar na fila de espera. A mulher que denunciou o esquema revelou que espera há dez anos por uma cirurgia.
Três dias depois, ele passou por uma audiência de custódia, na qual a juíza Placidina Pires decidiu manter a prisão do suspeito.
Na ocasião, em seu despacho, a magistrada citou depoimentos de testemunhas e disse que Eder ” estaria ‘agilizando’ o acesso de alguns pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) às consultas médicas e procedimentos cirúrgicos”, colocando pacientes a frente na fila de espera.
Ponderou ainda que, conforme depoimento à polícia, o preso teria confessado os crimes e “fornecendo detalhes a respeito do suposto esquema criminoso”.
Por isso, diante da situação, ela determinou que Eder permanecesse preso para a garantia da ordem pública e por conta dos “fortes indícios” em relação à prática dos crimes.