Moradores reclamam do som alto e da falta de fiscalização em Goiânia
Segundo eles, no local há consumo de drogas, cenas obscenas e até, supostamente, prostituição infantil
Eduardo Marques
Moradores da Avenida Antônio Martins Borges no Setor Pedro Ludovico, em Goiânia, estão inconformados com um suposto caso de poluição sonora causado por uma reunião de carros com sons automotivos durante os dias da semana em uma distribuidora de bebidas da região.
Ao O Hoje, um homem, que não quis se identificar, afirmou que por três vezes teve de abandonar o próprio imóvel e procurar outro local para conseguir dormir a noite. As perturbações, segundo ele, ocorrem desde julho de 2018.
De acordo com ele, além do incômodo do som alto, no local há cenas obscenas, consumo de drogas e até, supostamente, prostituição infantil.
“Eu chego em casa às 05 horas da madrugada, porque trabalho a noite, e peço à galera – que está ingerindo bebida alcoólica, usando droga e fazendo ‘putaria’ – sair da garagem para eu conseguir entrar com o carro”, pontua. O homem também reclama que preservativos masculinos ficam espalhados na porta da casa dele.
Com o objetivo de preservar a integridade moral dos filhos de 10 e 13 anos, ele evita que as crianças fiquem na rua durante o dia, mesmo aos finais de semana e feriado.
“Dias atrás tive que tapar os olhos da minha filha porque vi um rapaz urinando na porta da minha casa. A minha esposa tem crise de choro direto por causa da situação”, desabafa.
De acordo com o denunciante, os órgãos competentes foram acionados, mas os problemas continuam. “Já liguei várias vezes para a Amma [Agência Municipal do Meio Ambiente]. Eles alegam que estão vindo, mas nunca chegaram. A Polícia Militar diz que preciso ir na viatura com o dono da distribuidora para registrar a queixa. Já a Polícia Civil justifica que preciso ter o nome da vítima ou acusado”, reclama.
Código de postura
Segundo o Código de Postura de Goiânia, “os responsáveis pelos estabelecimentos comerciais em geral e/ou prestadores de serviços são obrigados a zelar, no local, pela manutenção da ordem e da moralidade, impedindo as desordens, obscenidades, algazarras e outros barulhos”.
Respostas
A equipe de reportagem do jornal O Hoje entrou em contato com a Polícia Civil (PC) e a Amma, nesta segunda-feira (04/03), para que as mesmas comentassem sobre o tema citado, mas não obteve resposta. O espaço permanece aberto para administração pública se manifestar e, por isso, essa matéria poderá ser atualizada. Após denúncia, a Polícia Militar (PM) afirmou que vai reforçar o patrulhamento na região. O dono da distribuidora não foi localizado.
Matéria atualizada em 04/03/2019, às 20h30, para apresentar a versão da PM.