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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
previdência

Governo está sensível ao BPC e aposentadoria rural, diz líder

Para Hasselmann, no entanto, a ideia é não retirar os pontos da proposta, mas debater sobre as regras propostas

Isabela Maria Moraes Serrapor Isabela Maria Moraes Serra em 24 de abril de 2019
Governo está sensível ao BPC e aposentadoria rural
Para Hasselmann

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Um dia depois da aprovação da admissibilidade da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência, a líder do governo no Congresso Nacional, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), disse que o governo “está sensível” para alterar alguns pontos do texto na próxima fase da tramitação. Ela citou especificamente as regras para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural.

“Nós sabemos que alguns pontos causaram desconforto para bancadas do Norte e Nordeste. O governo está sensível. Os pontos que mais apertam o calo de boa parte dos parlamentares é a questão do BPC e [aposentadoria] rural”, disse a líder, no Palácio do Planalto, após a cerimônia de sanção da lei que cria a Empresa Simples de Crédito.

Equivalente a um salário mínimo, o BPC é pago a idosos de baixa renda a partir dos 65 anos. A proposta de reforma da Previdência prevê a redução do valor para R$ 400, com pagamento a partir de 60 anos, atingindo o salário mínimo somente a partir dos 70 anos. No caso da aposentadoria rural, o governo quer elevar de 15 para 20 anos o tempo de contribuição e instituir a idade mínima de 60 anos para homens e mulheres.

Comissão Especial

Terminada a fase de aprovação da admissibilidade da proposta na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), determinou a criação da comissão especial que vai analisar a reforma da Previdência. O colegiado será composto por 49 membros e 49 suplentes. O ato de criação da comissão foi lido durante a sessão do plenário desta quarta-feira (24) pela deputada Geovânia de Sá (PSDB-SC), segunda suplente da Mesa Diretora .

A instalação da comissão ainda esta semana é incerta. Segundo Joice Hasselmann, é preciso aguardar a indicação, por parte dos líderes partidários, dos integrantes da comissão, para que ela possa ser instalada até quinta-feira (25). A parlamentar teme atraso na discussão da proposta com o esvaziamento do Congresso Nacional previsto para a semana que vem, por causa do feriado na quarta-feira (1º).

“A gente está trabalhando ainda a possibilidade dos líderes indicarem os membros da comissão, entre hoje e amanhã (25). Espero que aconteça, mas também cabe a cada líder. A gente está trabalhando para isso acontecer. O ideal seria a gente encerrar a semana com a comissão instalada, porque semana que vem tem mais um famigerado feriado”, disse.

Joice Hasselmann também celebrou o placar obtido ontem (23) na CCJ, superior ao que o governo estava prevendo. “Ficou bem claro que o Congresso quer aprovar a Nova Previdência, não tem como discutir isso. Aprovamos com folga e ganhamos cinco votos a mais do que estava sendo contabilizado”, acrescentou, em referência aos 48 votos favoráveis à admissibilidade da PEC e 18 contrários. (Agência Brasil)

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