Isabela Martins*

O Aeroporto General Leite de Castro de Rio Verde pode ser interditado por ingerência da prefeitura do município. Conforme o administrador da unidade Fernando Guimarães, houve uma notificação de aeronavegabilidade para o fechamento do aeroporto no fim de fevereiro, e pode ser concretizado dia 15 de maio, caso não haja entrega da documentação exigida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea).

A situação pode ser resolvida com a entrega dos documentos do plano básico de zoneamento hoje. “É cobrado à documentação do plano básico de zoneamento que o estado ficou devendo, quando geria o aeroporto”, afirmou, ao dizer que até o final do ano passado o responsável pela entrega da documentação era a administração estadual. 

Por meio de nota, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que a informação a respeito do fechamento do aeroporto não procede. Segundo a informação, na gestão anterior, em 2013 foi apresentado à Aeronáutica um plano de zoneamento que acabou sendo arquivado em 2018, por falhas na elaboração. A atual gestão já contratou uma empresa especializada para que a apresentação do plano de zoneamento seja fornecida ao órgão competente dentro do prazo, evitando interrupção das atividades. Ainda de acordo com assessoria, o aeroporto continua funcionando. A reportagem tentou entrar em contato com o aeroporto do município durante toda a tarde de ontem, mas as ligações não foram atendidas.

Paralisação

A companhia aérea Azul já paralisou a venda de passagens diante da possível interdição. De acordo com Fernando, de fato ocorreu à suspensão de vendas das passagens aéreas pela companhia, e que a situação é de praxe e ocorreu devido à publicação da notificação do Decea. Segundo ele, apesar disso, o aeroporto continua funcional e a prefeitura está tentando resolver a situação. Segundo a assessoria da prefeitura, a medida feita pela companhia é preventiva para caso seja confirmada a interdição, eles não tenham que devolver dinheiro aos clientes. 

Segundo informou para o portal de notícias, o secretário de Desenvolvimento Econômico Sustentável do município, Denimarcio Borges de Oliveira, também disse que apesar disso, a unidade ainda está funcionando, e que o plano de zoneamento apresentado a aeronáutica em 2013 foi arquivado. “A atual gestão já contratou uma empresa especializada para que a apresentação do plano de zoneamento seja fornecida ao órgão competente dentro do prazo, evitando interrupção das atividades”. 

Interdições 

Em fevereiro, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) “interditou’’ 12 aeroportos em todo o Estado. Um dos locais fechados devido a não apresentação do plano básico da zona de proteção de responsabilidade da Agência Goiânia de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) foi o de Aragarças. As unidades precisavam apresentar o Plano Básico de Proteção e Ruído. Mas em seguida a Goinfra resolveu a problemática.  (Isabela Martins é estagiária do Jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian)