Iris diz que teria “apoio extraordinário” para reeleição
Rubens Salomão
O prefeito Iris Rezende (MDB) tratou diretamente sobre a
possibilidade de reeleição e acredita ter uma avaliação positiva entre os goianienses.
Após dois anos na busca pelo equilíbrio financeiro, o déficit mensal de R$ 31
milhões foi debelado, o que possibilitará novos investimentos até o fim da
gestão, junto com o empréstimo de R$ 780 milhões com a Caixa Econômica Federal.
“Tenho comigo essa impressão de que se, por ventura eu me candidatar à
reeleição, eu vou contar com um apoio extraordinário. Mas eu encerrei minha
carreira em 2014 e decidi voltar para consertar a prefeitura. Meu objetivo é
entregar a prefeitura sem um centavo de débito para quem assumir”, afirma.
Diretamente sobre a candidatura, Iris considera: “Tenho que levar em conta que
não sou mais aquele prefeito de 30 anos, quando fui eleito na primeira vez. Vou
fazer 85 anos e temos também que desconfiar da sorte. A minha resistência não é
aquela, embora Deus tenha me concedido saúde e disposição. Tudo na vida tem
limite e eu acho que o meu limite chegou ao final”.
Dica final
Além de entregar a prefeitura “redonda” para o sucessor,
Iris Rezende adianta que usará os últimos momentos no mandato para incentivar
os eleitores a tomarem boa decisão. “O voto é mil vezes mais importante do que
se imagina”, afirma.
Realidade
“O Brasil está vivendo esse ambiente degradante com figuras
presas e condenadas. Quem é que elegeu essa gente? O que vou fazer quando deixar
a prefeitura é dizer que todos elejam pessoas corretas”, pede Iris em
entrevista à TV Sagres.
Política descriminalizada
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), avalia que
depois de um descompasso inicial, o governo federal começou a fazer política e
a articulação com o Congresso deve deslanchar. O parlamentar faz salientou a mudança
de comportamento do Planalto por conta de outros dois recuos do presidente: o
pedido para segurar o reajuste dos combustíveis e a votação, quando deputado,
contra a reforma da Previdência. “O que está acontecendo hoje? Está acontecendo
a política. Ainda bem que está acontecendo a política. Ele saiu dessa linha de
dizer que não havia conversa”, disse no sentido de condenar a tal
criminalização da política. Eleito para a chefia do Congresso com o apoio do
Planalto, Alcolumbre defende a pauta governista da reforma da Previdência, mas
critica o excesso de manifestações dos filhos do presidente Jair Bolsonaro nas
redes sociais. Ele ainda criticou as polêmicas entre as diferentes alas
do governo Bolsonaro. “A divisão do Brasil é desnecessária para nossa sociedade
nesse momento”, afirma.
CURTAS
Garotos – O
senador que diz ainda que prefere trabalhar do que tuitar e que Flávio, Eduardo
e Carlos Bolsonaro deveriam ser mais cuidados nas redes sociais.
Nas redes –
Servidores da prefeitura de Goiânia souberam pelas redes, em vídeo apresentado
por Romário Policarpo (PROS), que receberão a data base em dia.
No bolso – O
prefeito Iris Rezende enviou à Câmara Municipal o projeto de revisão das
remunerações. A proposta prevê reposição de 4,67%.
Investigação
O relator da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Semas,
na Câmara Municipal, Anselmo Pereira (PSDB), pediu a imediata rescisão do
contrato de locação para a Casa da Acolhida, no Setor Campinas.
Justifique
Segundo o vereador, o aluguel foi aditivado por mais dois
anos, no valor de R$ 763,1 mil, mas o prédio não teria a menor condição de
habitabilidade. “É impossível um prédio com aquela estrutura ter custo de R$ 32
mil por mês”, aponta.
Socorro
São constantes as denúncias sobre condições inadequadas para
os internos e, além disso, houve o recente caso de duplo homicídio dentro da
unidade. Anselmo pede providências ao prefeito, além do procurador-geral e o
secretário municipal.
De volta
Segue a rotina política. Pelo menos cinco vereadores de
Goiânia retomaram, nos últimos três fins de semana, trabalhos de “gabinete
itinerante” ou com outros nomes parecidos. Questionado, um deles diz: “começou
a eleição, né?”
Tentativa
O líder do governo na Câmara federal, Major Vitor
Hugo (PSL-GO), fez apelo ao PSLe a outros aliados para que defendam a
aprovação das medidas provisórias que estão na fila da Casa e que podem ser
votadas na próxima semana.
Acredite
Com destaque para a reforma administrativa, ele admite
derrotas como no caso do COAF no Ministério da Justiça, mas pede que
governistas “não entreguem os pontos”.