O governador Ronaldo Caiado (DEM) teve a última semana como
período de transição no discurso. Como antecipado aqui, avaliação interna é de
que, com duas partes da reforma administrativa realizadas, equipes nomeadas e
conhecimento da estrutura, além da definição sobre os números da dívida deixada
pelos tucanos, a partir de agora as falas serão mais focadas no planejamento e
cumprimento de metas próprias do que na propaganda do rombo encontrado. A
evolução do discurso é percebida, por exemplo, na série de cobranças feitas por
Caiado ao secretariado na última reunião. “Não autorizo mais nem um centavo de
restos a pagar, mesmo as despesas continuadas que não passam por mim. As demais
não serão sequer consideradas por nós neste momento. Quero um controle maior
ainda por parte da nossa Secretaria de Economia em relação a restos a pagar”. O
recado representa a prioridade do governador: apresentar resultados efetivos
que sejam fruto de iniciativa, plano e metas próprios, passados cinco meses de
gestão.

Copo cheio

A situação que causou mais desgaste para Caiado no governo
poderá representar em breve um trunfo do democrata no discurso político e
administrativo. A folha atrasada de dezembro, que por opção, não passou à
frente das atuais.

Trunfo

Caiadistas apontam que o pagamento parcelado, que já
alcançou mais de 80% da dívida, é resultado de nova forma de gerir os recursos.
Difernte da gestão tucana, não é mais usada arrecadação subsequente para
salários do período anterior.

Votação após derrota

Depois de derrotas na Câmara dos Deputados, com alterações
que desagradaram o Palácio do Planalto, parlamentares governistas realizam
articulações para votação, no Plenário do Senado nesta terça-feira (28), da
medida provisória que organiza a estrutura ministerial de Jair Bolsonaro. A MP
870/2019 está nos últimos dias do seu prazo de validade: se não for
aprovada até o dia 3 de junho, a configuração do Poder Executivo voltará a ser
o que era no ano passado. As principais mudanças inauguradas pela MP são a
criação dos dois “superministérios” do governo Bolsonaro: o Ministério da
Economia, que fundiu Fazenda, Planejamento, Indústria e Trabalho; e o
Ministério da Justiça, que incorporou a pasta da Segurança Pública. Se a medida
provisória cair, essas aglomerações serão desfeitas. Outras fusões que dependem
da aprovação são o Ministério da Cidadania, que uniu Cultura, Esporte e
Desenvolvimento Social, e o Ministério da Infraestrutura, com Transportes e
Minas e Energia. Também criou Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos.

CURTAS

Complica – A
maior dificuldade na votação da reforma federal é a questão do Conselho de
Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Como fica – A MP
tirou o Coaf da Economia e vinculou à Justiça. Só que a Comissão Mista desfez a
transferência. Deputados confirmaram por 228 a 210 votos.

Tiro ao alvo – As
manifestações pró-Bolsonaro deste domingo focaram ataques ao Centrão, Rodrigo
Maia e ministros do STF.

Já é Lei

A legislação federal já prevê reposição salarial para
trabalhadores no mês de maio, com base na inflação do ano anterior, mas projeto
apresentado na Câmara de Goiânia busca reforçar a obrigação para o prefeito
compra a data base.

Caso de crime

O texto, de autoria de Tatiana Lemos (PCdoB), foi aprovado
na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pode ir ao plenário nesta semana.
Define que o descumprimento representaria crime de responsabilidade do gestor.

Detalhes

A matéria prevê pagamento anual no dia 1º de maio para
servidores ativos, inativos, pensionistas e aposentados, recompondo as perdas
salariais do período de 12 meses. Pelo texto, a data base teria de ser enviada
até fim de cada mês de abril.

Fake na rotina

O presidente do STF, Dias Toffoli, aponta que as informações
fraudulentas já fazem parte do processo eleitoral. Declaração no seminário “Fake
News: Desafios para o Judiciário”, organizado pela OAB em São Paulo.

Dados

“Pesquisa do Ideia Big Date revelou que mais de dois terços
das pessoas receberam fake news pelo Whatsapp durante a campanha de 2018”,
disse Toffoli. Já o ministro Ricardo Lewandowski define a divulgação como “absolutamente
incontrolável”.

Debate

O TCM realiza hoje evento de encerramento do 9º
Encontro Regional, das 13h às 18h, no Centro de Convenções em Goiânia. Palestra
da PGR, Raquel Dodge, será às 15h.