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sábado, 23 de novembro de 2024
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Junho Vermelho: campanha destaca a importância da doação de sangue

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que cada país tenha, entre 3% e 5% de sua população doadora de sangue frequente. No Brasil, o índice fica em 1,8%, enquanto em alguns países da Europa, cerca de 7%

Postado em 3 de junho de 2019 por Suzana Ferreira Meira
Junho Vermelho: campanha destaca a importância da doação de sangue
A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que cada país tenha

O mês de junho é tipicamente o período
que as temperaturas começam a cair, propiciando aumento da incidência de
infecções respiratórias, além da temporada de provas em universidades, escolas
e do início das férias escolares. Por isso é o período em que se costuma registrar
quedas significativas nos estoques dos bancos de sangue, públicos e privados.
Para destacar a importância da doação de sangue nesse momento do ano, começou
no último sábado (1) a campanha Junho Vermelho.

A campanha iluminará com a
cor vermelha, durante todo o mês, instituições públicas e privadas, prédios
históricos e monumentos em diferentes localidades do país. Serão feitas ações
especiais durante a semana do Dia Mundial do Doador de Sangue, que é comemorado
no dia 14 de junho. Lançada no estado de São Paulo, a campanha Junho Vermelho
ganhou status de lei estadual
em 15 de março de 2017 (nº 16.386) e passou a ser promovida em todo o país.

Segundo a fundadora do Eu Dou Sangue, Debi Aronis, a
ideia de criar o movimento veio depois de seu pai precisar de sangue devido a
uma doença delicada e de perceber que o período estava com estoques baixos nos
hemocentros e hospitais. “Somente aqueles que enfrentam uma dificuldade e
precisam da doação para que familiares ou amigos possam sobreviver sabem da
importância desse ato. É um pequeno gesto, individual e gratuito, mas com
consequências expressivas”.

Debi explicou que o fato de as pessoas estarem menos
propensas a sair de casa não diminui, e por vezes até aumenta, a rotina dos
hospitais que atendem desde vítimas de acidentes de trânsito e da violência
urbana até os portadores de doenças que requerem transfusões sanguíneas como
câncer, anemia falciforme e outras patologias, incluindo os procedimentos
cirúrgicos de alta complexidade, como transplantes e cirurgias cardíacas.
“É importante ressaltar que a demanda de sangue permanece inalterada,
apesar da redução da oferta nos estoques dos hemocentros”.

De acordo com uma pesquisa feita em 2017 pelo Eu Dou
Sangue em parceria com o Instituto Datafolha, cerca de 92% dos brasileiros
disseram não ter doado sangue entre junho de 2016 e junho de 2017.  De
acordo com o levantamento, além do recesso e do clima mais frio, feriados e
dias chuvosos também impactam negativamente os hemocentros, que costumam
registrar queda de 30% em seus estoques no período.

Os dados também mostraram que 39% dos brasileiros admitem
não saber qual é seu tipo de sangue. O estudo, que ouviu 2.771 entrevistados em
todo o país, mostrou que o desconhecimento é maior entre os homens (44%) do que
entre as mulheres (35%). Assim como a maioria dos jovens (52%), na faixa dos 16
aos 24 anos, também desconhecem esse aspecto de seu próprio corpo.

A recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de
que cada país tenha, entre 3% e 5% de sua população doadora de sangue
frequente. No Brasil, o índice fica em 1,8%, enquanto em alguns países da
Europa, cerca de 7%. (Agência Brasil)

 

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