O governador Ronaldo Caiado (DEM) criticou ontem os termos
apresentados pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) para o Plano de Equilíbrio
Fiscal (PEF), vulgo plano Mansueto, que prevê aval da União para novos
empréstimos dos estados, mas exige contrapartidas e critérios. “Ele (o plano)
veio meio restritivo, né? Meio ácido. Vamos ver se a gente transforma esse limão em uma limonada lá
(em Brasília), arrefece as exigências e define parcelas maiores no início do
projeto”, defende o governador, que reclamou das limitações estabelecidas no
texto original, que impede a busca por outros empréstimos. Diante dos seguidos
problemas, Caiado reforça ser impossível atender deputado que pedem duodécimo
integral. “Só tem um orçamento. Vamos quitar o que se pode e distribuir o
resto. Não tem nenhuma queda de braço em relação a isso”, diz.

Limite possível

A conversa com deputados, liderados por Lissauer Vieira
(PSB), deve ocorrer na próxima semana. “Com o orçamento que temos, vamos fazer
a distribuição. Não tem problema algum”, afirma.

Prudência

Na prática, Caiado falou o mesmo que a secretária Cristiane Schmidt,
só que com mais prudência nas palavras. Eufemismos e sorrisos. Resta saber se
conseguirá seduzir os deputados.

Convencimento

“Temos que observar que o governador cumpre na integralidade
o que é determinado pela constituição estadual e federal”, garante o líder da
base governista, Bruno Peixoto (MDB).

Desidratação

Deputados da base e oposição consideram inevitável a
confirmação da reprovação das contas do governo de 2018. Avaliação é de que
Marconi Perillo não chega a ter cinco votos na Alego.

Unha e carne

Caiado voltou a defender estados e municípios na reforma da
previdência em Brasília, mas encontra oposição interna no DEM à ideia, do amigo
e presidente nacional da sigla, ACM Neto.

Desgaste dividido

O prefeito de Salvador tem recebido pressões dentro do
partido, mas mantém a posição. Diz que governadores e prefeitos também precisam
dar a cara para o eleitor para mudar a previdência.

Linha aberta

Na tribuna do Senado, Jorge Kajuru (PSB) se vangloriou de
ter contato sem ruídos com Jair Bolsonaro. “Ele me atende na hora”, gabou-se. “Kajuru,
eu já sei, lá vem crítica”, atende o presidente.

Média feita

O presidente da Federação Nacional de Prefeitos (FPN), prefeito
de Campinas (SP), Jonas Donizette, decretou que Vanderlan Cardoso (PP) é o “embaixador
dos municípios no Senador”.

CURTAS

– A trincheira entre a Rua 90 e a Avenida 136, no Setor Sul,
tem previsão de entrega atualizada para novembro.

– A obra integra o complexo do sistema BRT, que foi iniciada
em abril, tem pouco mais de 20% dos serviços realizados. 

– Vereadores aumentaram limites de som em
Goiânia para 80 decibéis. Até então, o máximo era 55 dB.