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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025
Política

Estados pedem prerrogativa em PEC

Gestores articulam para que seja mantida no projeto da reforma da Previdência possibilidade da medida ser replicada nos estados via decreto

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 12 de junho de 2019
Estados pedem prerrogativa em PEC
Gestores articulam para que seja mantida no projeto da reforma da Previdência possibilidade da medida ser replicada nos estados via decreto

Dayrel Godinho

Especial para O Hoje

Os governadores estaduais participaram nesta terça-feira (11) da 5ª Reunião do Fórum de Governadores, em Brasília. 25 dos chefes do executivo participaram da reunião, com o intuito de encontrar um consenso mínimo visando a apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) em melhores condições de ser aprovada pelo na Câmara e atendendo às demandas dos estados. 

A principal questão defendida é a da inclusão da prerrogativa dos governadores ainda na PEC, para que os gestores estaduais possam baixar a lei em um período determinado, de 2019 a 2022, mediante decreto. 

Com o intuito de manifestar apoio à reforma da Previdência, os gestores se reuniram após o vazamento de uma carta polêmica, com teor de repúdio ao Congresso, por não atenderem os pontos defendidos nestas pelos gestores estaduais. A consolidação das reinvindicações aconteceu ontem, com a entrega da carta agora sem o teor crítico aos deputados.

Entre os pontos defendidos pelos governadores foi pedido a retirada de quatro pontos controversos da PEC que tramita no Congresso. Entre eles, está o que muda a concessão de Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago aos idosos de baixa renda e deficientes, e as regras para aposentadoria do trabalhador rural.

Também solicitaram a retirada da previsão de criação de um sistema de capitalização e da retirada de parte das regras previdenciárias da Constituição, permitindo que mudanças futuras possam ser feitas sem a necessidade de PEC.

Com a presença do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), o presidente da Comissão Especial, Marcelo Ramos (PL) e do relator do projeto, Samuel Moreira (PSDB). Entre os chefes do executivo, só não estiveram na reunião os governadores do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), e do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

Caiado diz que proposta tira peso dos deputados

O governador do Estado de Goiás, Ronaldo Caiado (Democratas) reiterou que os pontos apresentados no Fórum têm o intuito de defender a Reforma da Previdência e de acrescentar, principalmente, o dispositivo que permita com que os gestores estaduais possam aderir à Nova Previdência, por meio de um Decreto. Para isso Caiado diz que há a necessidade de consultar os deputados “com educação”, “cada um no seu quadrado”. 

O administrador diz que no período de 2019 a 2022, caberá ao governador e aos prefeitos, baixarem por decreto, se quiserem. “Não estarão descumprindo a regra [para as atualizações da Previdência]. Mas pode usar o decreto para assumir esta decisão [caso aprovada] perante as operações da Nova Previdência”, afirmou.

O goiano tem defendido a Nova Previdência desde sua apresentação na Câmara e afirmou que é importantíssimo chegar a um acordo para que o projeto seja aprovado, ou vão “assistir chegar ao colapso [financeiro]”, e para isso o governador defendeu a importância de retirar a responsabilidade dos deputados federais e senadores. “Acho que é importante repassar aos governadores e prefeitos a responsabilidade de assumirem o que deputados federais e estaduais acham que pode afetar as suas eleições”, concluiu. 

O gestor goiano ainda comentou sobre a possibilidade das assembleias legislativas fazerem as reformas. Para Caiado, haveria um novo desgaste para os parlamentares estaduais. O governador explicou que há uma diferença entre Projeto de Lei (PL) nas Casas e da possibilidade do Decreto. No entanto, com o final do dispositivo, ele defende que os governadores possam enviar os projetos a nível estadual.

“Será colocado um dispositivo na PEC, para que os governadores tenham a possibilidade de assinar a lei por decreto [neste período] e a partir daí, fazer PLs nas casas legislativas [para fazer as reformas]”, disse. Para o goiano, a questão é, principalmente, de não desgastar os deputados estaduais. Por prerrogativa, o administrador estadual que quiser, terá a possibilidade.  “O Legislativo não vai querer se envolver em uma matéria que causa desgaste com a sua base de sustentação. Estamos aliviando para eles”, defendeu.

 

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