PC e MPGO cumprem mandado de busca e apreensão em Formosa
O mandado foi cumprido para dar seguimento a investigação do ex-candidato a deputado estadual Guto Araújo (Podemos), que pode responder por improbidade administrativa e por administrativa e também por peculato, organização criminosa e falsidade ideológica
Guto Araújo teve 10.645 votos em 2018 e não foi eleito - Foto: divulgação
Dayrel Godinho
Especial para O Hoje
O Ministério Público de Goiás (MPGO) de
Formosa e a Polícia Civil deflagraram na manhã de ontem (25) a operação
denominada Robespierre, tinha o objetivo de cumprir dois mandados de busca e
apreensão na sede da empresa Comunicação Visual.
A empresa emitia materiais de campanha
para o candidato ex-secretário de Finanças do município, Luís Gustavo de Araújo
(Guto Araújo), que foi candidato a deputado estadual em 2018.
Coordenada pelos promotores Fernanda
Balbinot e Douglas Chegury, da PC, para que fossem exercidos os mandados de
busca e apreensão. Segundo Chegury, várias questões foram abordadas para que
chegassem nesta denúncia.
Os mandados foram cumpridos na sede da
empresa e na residência do proprietário da empresa, onde foram confirmadas
algumas das suspeitas. Segundo apurado no procedimento investigativo das
promotorias, no segundo semestre de 2018, ano eleitoral, o município executou a
contratação de serviços publicitários no valor de R$ 761 mil com a empresa
investigada, superando em apenas seis meses o contrato nos últimos quatros anos
somados.
A promotoria também descobriu que a
campanha eleitoral do ex-secretário foi realizada empregando recursos e
servidores públicos municipais, tendo o material publicitário de campanha sido
produzido pela empresa Criativa. Os valores, inclusive, não foram
contabilizados como prestação de contas do candidato durante o pleito.
Ainda de acordo com a promotoria, em
uma análise preliminar dos computadores apreendidos nesta operação, foi
revelado que a empresa produzia materiais de campanha para o ex-secretário.
A previsão é de que terminem a análise
o mais rápido possível para ajuizar a ação por improbidade administrativa e
também por peculato, organização criminosa, e falsidade ideológica.
Guto Araújo e
os responsáveis pela Criativa Comunicação Visual não foram encontrados até o
fechamento da edição.