Empresário compra 10 mil bicicletas que iriam para o lixo
Todas as bicicletas estão sendo doadas para que alunos de regiões carentes possam ir para escola
Ingryd Bastos
O empresário asiático, Mike Than Win, comprou 10 mil bicicletas novas que iriam para o lixo, depois da fabricante dos produtos fechar, e está doando para crianças e jovens de regiões carentes de Mianmar, país do sudeste da Ásia. Ele conta que sentiu uma extrema tristeza ao ver todas aquelas bicicletas ao ar livre, enferrujando prestes a serem jogadas fora, então teve a iniciativa de comprar e doar para alunos de baixa renda.
Muitas crianças moram longe da escola naquela região, várias delas chegam a andar uma hora a pé por não ter condições de pagar por algum meio de transporte. “É comum ver filas e filas de estudantes caminhando por horas até a escola, dificilmente as famílias podem pagar por um meio de transporte simples como a bicicleta. Ônibus escolar é quase inédito para os estudantes que moram nas aldeias rurais”, conta o empresário.
Burocracia
Apesar da boa ação, Mike conta que teve muitas dificuldades para conseguir colocar em prática o seu plano. Uma delas foi a parte burocrática na compra dos produtos de uma empresa que já havia fechado, outro problema foi às taxas de envio das bicicletas de Cingapura até Myanmar.
Para tentar resolver a situação de forma mais rápida o empresário resolveu abrir uma organização sem fins lucrativos, nomeada de LessWalk, assim pode comprar todas as bicicletas e fazer as doações. Até o momento, Mike conseguiu enviar 4.700 unidades e mais 5.300 estão a caminho.
“Todas as bicicletas são gratuitas para crianças abaixo da linha da pobreza de Myanmar e que precisam andar mais de dois quilômetros para chegar até a escola”, completa.
O empresário investiu US$400 mil dólares nos objetos, cerca de R$1.600 milhões. Com a ONG, ele tenta parcerias e doações para finalizar e quem sabe continuar com o projeto de doações de bicicletas. “Estou planejando isso desde o início de março, quando publiquei minha ideia nas redes sociais. Fiquei super feliz de finalmente ter começado a trabalhar nisso depois de três meses”, comemorou.