Em depoimento, funcionárias do Hutrin negam ter trocado bebês
Elas disseram à delegada do caso que as pulseiras dos recém-nascidos estavam corretas, mas foram vestidos com roupas um do outro depois do banho
Da Redação
A Polícia Civil ouviu nesta quarta-feira, 31, as três funcionárias do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin). Ambas negaram qualquer erro que tenham cometido no dia do nascimento dos recém-nascidos que pudesse causar a troca. Além disso, elas também negaram que o hospital tenha culpa sobre o acontecido, já que existem políticas internas e sistema padrão para evitar esse tipo de problema.
A delegada responsável pelo caso, Renata Vieira, confirmou que as três funcionárias ouvidas, uma enfermeira chefe do centro cirúrgico, uma técnica de enfermagem do mesmo centro cirúrgico e outra técnica de enfermagem responsável pelo berçário, estavam trabalhando no dia que os bebês nasceram e foram trocados, dia 9 de julho.
“Elas não acreditam em erro profissional. A responsável pelo berçário disse que pega um bebê por vez, confere a pulseirinha e a identificação do bercinho junto com a pediatra e afirmou que não teria como ter ocorrido o erro no hospital”, disse a delegada.
Quanto à credibilidade das interrogadas, a delegada desconfia. “Cheguei a dizer a elas que, na minha opinião, tenha acontecido um erro no procedimento do berçário. É lamentável porque elas também estão muito abaladas com com tudo isso”, contou.
Os depoimentos estavam previstos para acontecer ontem, 30, mas foi adiado para hoje a pedido da direção do hospital, por haver dificuldades em liberá-las. As funcionárias chegaram a delegacia acompanhadas por uma advogada, um representante do Hutrin e um integrante do Instituto Cem, organização social que administra o hospital. A maternidade ainda não se pronunciou sobre o depoimento.