Justiça deve intimar Amado Batista para depor
Um vereador foi preso em flagrante usando máquinas da prefeitura para fazer terraplanagem na fazenda do canto, o caso está sendo investigado
Da Redação
Depois do flagrante que ocorreu na última sexta-feira, 9, o cantor Amado Batista, o gerente da fazenda e representantes da prefeitura de Goianápolis devem ser intimados nos próximos dias para prestar esclarecimentos à polícia sobre o uso de máquinas da prefeitura nas terras do cantor.
O vereador do município chegou a ser preso em flagrante na última sexta, depois de uma denúncia anônima junto ao Ministério Público de Goiás (MP-GO), a polícia o encontrou dirigindo um trator da prefeitura realizando uma terraplanagem na fazenda do Amado Batista. O político pagou uma fiança no valor de R$10 mil e foi liberado.
O delegado responsável pela investigação, Rodrigo Arana, contou que durante a abordagem o vereador afirmou que estava no local a pedido do prefeito da cidade. “Temos vídeos, mas só vai ser divulgado no momento oportuno”, explicou. O progressista, Sebastião de Assis (PP) confirmou que estava dirigindo o trator, mas voltou atrás no que tinha afirmado aos policiais no momento do flagrante e negou que estava na fazendo a pedido do prefeito Francisco de Moraes, conhecido na região como Chiquinho.
De acordo com o delegado, a prefeitura deve apresentar os processos administrativos explicando o que as máquinas da prefeitura estavam fazendo na fazendo do cantor. Já o sertanejo, além do pedido da prefeitura deve apresentar a licença da Secretaria do Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos (Secima) com a autorização para a execução da obra, visto que a fazendo pertence a uma área protegida.
O cantor afirmou ter feito o pedido de empréstimo para o uso das máquinas ao prefeito, pois sabe que isso é permitido por lei, à prefeitura disse que esse tipo de ação não configura crime, uma vez que empréstimo de máquinas é permitido pela Lei Orgânica da cidade.
No entanto, é necessário ser assinado um termo de responsabilidade por ambas as partes, documento que não foi apresentado a polícia no momento do flagrante, O delegado Rodrigo contou a imprensa nesta segunda-feira, 12, que o caso se transformou em inquérito policial e como o vereador pagou fiança, ele tem 30 dias para concluir as investigações.
A equipe do O Hoje tentou entrar em contato com o prefeito e o vereador da cidade, mas as ligações não foram atendidas.