“Senado não pode simplesmente carimbar o que foi decidido na Câmara”, diz senador goiano
Reforma da Previdência (PEC 6/2019) começa a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) esta semana. Foto: Agência Brasil.
Aline Bouhid
O senador goiano, Jorge Kajuru (PSB) falou nesta manhã (12) com o ohoje online e disse que será uma decepção se Senado não apreciar os destaques do texto da Reforma da Previdência. “O papel da casa é discutir, não podemos simplesmente carimbar o que foi decidido na Câmara”, disse. A reforma da Previdência (PEC 6/2019) começa a ser discutida na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) esta semana, e senadores se posicionam quanto ao assunto.
O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), defende que senadores confirmem o texto aprovado pelos deputados, sem nenhuma alteração para que a PEC não precise voltar à Câmara. Para Kajuru, a reforma é necessária e importante para o Brasil, mas ele acredita que o Senado que não pode se eximir de ouvir a sociedade na busca de aperfeiçoamento ao texto, em nome do bem da população. “A população precisa que o Senado discuta a questão das mulheres no campo, os viúvos (as), policiais militares e outros”, complementou.
Tramitação
A reforma da Previdência tem prazo de 30 dias para ser discutida na CCJ do Senado. Nesses primeiros dias, deverão ter debates em audiências públicas com a participação de representantes de trabalhadores e de empresários. A expetativa é de que Tasso apresente o relatório na comissão no dia 28 de agosto. Depois de apreciada na CCJ a matéria precisa passar por dois turnos de votação no plenário da Casa onde para ser aprovada precisaria de 49 dos 81 votos de senadores em cada turno.