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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Investigação

Técnica em enfermagem é indiciada por troca de bebês

A Polícia Civil de Goiás verificou que o erro ocorreu na hora de vestir as crianças. Foto: Montagem/TVAnhanguera

Postado em 11 de setembro de 2019 por Aline Carleto
Técnica em enfermagem é indiciada por troca de bebês
A Polícia Civil de Goiás verificou que o erro ocorreu na hora de vestir as crianças. Foto: Montagem/TVAnhanguera

Aline Bouhid

A Polícia Civil de Goiás indiciou uma técnica em enfermagem do Hospital de Urgências de Trindade (Hutrin) como responsável pela troca de bebês na unidade hospitalar. A profissional cuidava do berçário. Após as investigações, a PCGO verificou que o erro ocorreu na hora de vestir as crianças, procedimento que estava sob a responsabilidade da profissional de saúde. “O bebê da Pauliana estava com a roupa do bebê da Aline [e vice-versa], mas a identificação do bebê na pulseira estava certa”, disse a delegada Renata Vieira, responsável pelo caso. 

A técnica de enfermagem foi indiciada de acordo com o Art. 229 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que prevê penalidade para quem não identificar corretamente o bebê e a mãe após o parto. “Ela deve responder pelo crime culposo, aquele quando não há intenção”, comentou Renata. 

“Depois de ouvirmos 19 pessoas, analisarmos todos os prontuários e visitarmos o Hutrin, concluímos que o erro aconteceu na hora de vestir os bebês, e ela que é a responsável por isso”, afirmou a delegada. Segundo a delegada, ao ser ouvida, a funcionária negou que tenha errado no procedimento adotado no Hutrin para vestir os bebês. “Nós acompanhamos o trabalho dela no Hutrin. Ela fez como normalmente faz. Coloca a roupa do bebê no balcão, enquanto é dado o banho”, afirmou Renata. 

Relembre o caso

O caso veio a público há aproximadamente dois meses e teve repercussão nacional. Os bebês nasceram no dia 9 de julho, em Goiânia, com poucos minutos de diferença. Um dos pais, Genésio Vieira de Sousa, 43 anos, percebeu que o filho tinha olhos azuis e pele mais clara que a dele e da esposa. Genésio e a mulher, Pauliana Maciel Aguiar de Sousa, 27, decidiram, então, fazer um exame de DNA por conta própria. O exame indicou que eles não eram os pais biológicos da criança.

Logo depois, outro casal, Murillo Marquez Praxedes Lobo, 22, e Aline de Fátima Bueno Alves, 20, também suspeitou que o filho recém-nascido poderia ter sido trocado no hospital. Moradores de Santa Bárbara de Goiás, que fica a 27 km de Trindade, eles tiveram o bebê no mesmo dia e na mesma maternidade que Genésio e Pauliana.

Após registro de ocorrência e início das investigações, um exame de DNA, colhido no dia 27 de julho, comprovou a troca. Durante o período de dúvida, as famílias que tiveram os bebês trocados no Hutrin chegaram a morar juntas na residência de um dos casais.

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