Corpo de bebê encontrado em empresa de resíduos é sepultado, em Aparecida de Goiânia
Rogério nasceu na maternidade na quinta (24), viveu por 12h; desapareceu no sábado (26) e no início desta semana, a família recebeu a notícia que tinha sido incinerado – Foto: reprodução.
Nieton Soares
O corpo do recém-nascido que havia desaparecido na Maternidade Marlene Teixeira, em Aparecida de Goiânia, depois que foi dado como incinerado e encontrado em empresa de resíduos biológicos, foi sepultado, nesta terça-feira (29), no Cemitério Jardim da Esperança, no município.
Segundo o titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Henrique Berocan, as apurações irão continuar para se concluir o motivo da morte do bebê e as razões do sumiço.
A Secretária Municipal de Saúde de Aparecida (SMS) de Aparecida decidiu, nessa segunda-feira (28), afastar a direção da unidade e a funcionária que atestou a coleta do material pela empresa. Além disso, abriu sindicância e formou um Grupo de Intervenção Hospitalar para investigar o cumprimento dos protocolos adotados na maternidade.
Já o Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) enviou, na manhã desta terça-feira (29), nota à imprensa informando que vai apurar se houve infração à ética médica nesse caso.
Vai e vem
Rogério Cardoso de Almeida Filho nasceu na última quinta-feira (24), prematuro de sete meses, sobreviveu por 12h e foi a óbito na última sexta-feira (25). Porém, quando a família procurou pelo corpo no Serviço de Verificação de Óbito, no sábado (26), foram informados que o mesmo havia sumido.
No mesmo dia, a SMS de Aparecida, soltou um comunicado informando que o corpo havia sido incinerado. Mas, as investigações da polícia identificaram que o corpo estava junto aos resíduos coletados pela empresa prestadora de serviço da unidade de saúde.