Aline Bouhid

Em longo discurso na manhã desta quarta-feira (30), durante o lançamento da Plataforma do Voluntariado, o governador Ronaldo Caiado (DEM) prestou solidariedade ao presidente Jair Bolsonaro e rechaçou o trabalho da imprensa que, segundo ele, foi irresponsável e divulgou calúnias. À primeira dama, Michelle Bolsonaro, Caiado disse que já passou por situação semelhante e que para ele é inadmissível essa prática de tentar desestabilizar o presidente. “Ele é acusado de algo que não tem procedência e nem origem”, afirmou.

Ainda sobre o assunto, o governador disse que não existe nada pior que a imprensa atacar familiares. “Nada dói mais que isso. Tenham dignidade”, pediu Caiado. Governador contestou ainda os interesses envolvidos na divulgação deste tipo de material. Se esse processo segue em sigilo, como isso é quebrado no momento que o presidente está em viagem no exterior?”, perguntou Caiado. Neste momento, governador disse que em Goiás temos um ditado:  “Jaboti não sobe em árvore. Ou é enchente ou  é mão de gente”, afirmou. 

Ele ainda pediu que Michelle passasse o “recado” para o presidente de que este tipo de coisa passa e os fortalece. “Pode dizer ao presidente que vamos reconstruir Goiás e que ele vai reconstruir o Brasil”, finalizou o governador. Sobre o assunto, mesmo na viagem à Ásia, o presidente fez live na madrugada de hoje nas redes sociais contestando a informação de que seu nome havia sido citado na investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSol). Presidente ficou irritado com reportagem e ameaçou não renovar a concessão da Rede Globo que vence em 2022. 

Além disso, Bolsonaro acusou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) de controlar a investigação com o objetivo de destruir sua reputação e revelou que acionou o ministro da Justiça, Sergio Moro, para colocar a Polícia Federal no caso e solicitar o depoimento do porteiro que o citou.