Em Goiânia, ex-ministro do PT critica Eduardo Bolsonaro
“São ameaças absurdas, como a que foi feita pelo filho do presidente”, alegou Gilberto Carvalho, ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Dilma Rousseff – Foto: Reprodução.
Venceslau Pimentel
O ex-ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República no governo de Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho, criticou ontem a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL), de que o governo de seu pai, Jair Bolsonaro (PSL), poderia baixar um decreto nos mesmo moldes do Ato Institucional nº 5 (AI-5)
A medida poderia ser tomada, segundo o parlamentar, diante de uma eventual radicalização da esquerda no Brasil. “São ameaças absurdas, como a que foi feita pelo filho do presidente”, disse Carvalho, acrescentando que esse posicionamento se trata de uma ameaça às liberdades democráticas. “Precisamos organizar uma resistência”, defendeu, durante um fórum de debates realizado na Assembleia Legislativa, promovido pela deputada Adriana Accorsi (PT).
O evento contou com a presença dos deputados federais Rubens Otoni (PT-GO) e Patrus Ananias (PT-MG) e de representantes de entidades ligadas ao partido. “Decisivamente, nós não podemos continuar com o mesmo jeito de trabalhar como fizemos até agora. Precisamos sacudir os nossos sindicatos, as nossas entidades e os nossos partidos. Nós temos que ir ao povo”, pontuou.
O AI-5 foi baixado no governo do ex-presidente Arthur da Costa e Silva, em 13 de dezembro de 1968, provocando a perda de mandatos de parlamentares da oposição, suspensão de garantias constitucionais e intervenções em estados e municípios. O ato mais emblemático foi o fechamento do Congresso Nacional.
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