Nielton Soares

Dia de Finados, data comemorada neste sábado (2), é um momento para lembrar-se daqueles que passaram pela vida, deixando muitas saudades, como entes queridos, amigos, bem como os ídolos e as personalidades que marcaram a história e cuja convivência física não era possível para muitas das pessoas que atualmente realizam visitas aos locais de ‘descanso’ deles. É o que ocorre, por exemplo, todos os anos nos túmulos dos cantores Cristiano Araújo e Leandro, que fazia dupla com o irmão Leonardo, sepultados no cemitério particular Jardim das Palmeiras. Os jazigos recebem milhares de fãs para relembrar as histórias de vida e afagar um pouco a saudade. 

Importantes nomes da cultura, religiosidade, política e fatos históricos de Goiás também recebem homenagens e visitas no Dia de Finados. O Cemitério Santana, que é o mais antigo de Goiânia, é responsável por guardar essas histórias, além de ser considerado um museu a céu aberto, devido aos monumentos de Art déco, que encantam os visitantes. 

No Santana, o túmulo do padre Pelágio Sautter, mesmo sem a ossada que foi transferida para a Igreja Matriz de Campinas, é o mais procurado. No local, se encontram ainda sepultados o fundador de Goiânia, Pedro Ludovico Teixeira, o primeiro prefeito da Capital, Venerando de Freitas Borges, o jornalista e empresário Jaime Câmara e um dos pioneiros da Capital, Urias Magalhães.

De tragédias que marcaram Goiânia, o jazigo de Leide das Neves, uma das vítimas do acidente com o césio 137, em 1987, é o mais procurado no Cemitério Parque. O túmulo da menina chama a atenção pelo tamanho e a curiosidade que acaba atraindo muitos visitantes. “Ela é uma parte da nossa história”, conta a administradora do cemitério Gisele Alves. 

Os cemitérios Santana, Parque, Vale da Paz e Jardim da Saudade são públicos e administrados pela Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas).

Por que Finados é celebrado em 2 de novembro?

O Dia de Finados também é conhecido como o Dia dos Mortos em muitos países. No Brasil, tornou-se uma tradição ligada à religiosidade, especificamente ao catolicismo, em que os visitantes enfeitam as sepulturas e a realizam orações. 

A escolha do dia 2 de novembro foi feita no século 13 pela Igreja Católica, sucedendo o Dia de Todos os Santos, comemorado no dia 1º. Apesar disso, a tradição de se homenagear os mortos se remete aos primeiros séculos do cristianismo.