Sessão cancelada “prejudica imagem”, diz Bruno Peixoto
Coluna do jornalista Rubens Salomão.
Mesmo com pelo menos 26 deputados a menos de cinco metros do
plenário, o deputado estadual Cláudio Meirelles (PTC) assumiu o comando dos
trabalhos na Assembleia Legislativa às 15h de ontem para, rapidamente, cancelar
a abertura de sessão por falta de quórum. O primeiro secretário da Casa foi
avisado de que era realizada reunião da Comissão de Tributação, Finanças e
Orçamento em que a secretária de Economia, Cristiane Schmidt, prestava contas
do governo relativas ao segundo quadrimestre. “O deputado Cláudio não teve bom
senso! Ele sabia que a reunião terminaria em poucos minutos. Cancelou a sessão
e sumiu do plenário”, reclamava pelos corredores o líder do governo, Bruno
Peixoto (MDB). “A atitude não prejudica projetos do governo, mas sim a própria
Casa e os parlamentares. Prejudica a imagem do legislativo, já que todos
estavam aqui para trabalhar”.
Às armas
Insatisfeito com o governo desde o primeiro semestre e ainda
mais depois de ter reeleição à primeira secretaria derrubada pelo Palácio,
Cláudio Meirelles (PTC) não mede esforços para atrapalhar a vida governista na
Alego.
Ao regimento
Com relação política praticamente nula entre Bruno e
Cláudio, a conversa não é considerada e o líder planeja mudar o regimento para que
sessões ordinárias sejam mantidas com quórum reduzido (5 deputados) durante reunião
de comissão.
Drible
Outra providência tomada é a assinatura do segundo, terceiro
ou quatro secretários em autógrafos de lei quando o governo tem pressa para
sancionar projeto aprovado.
Caixa dois
O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) prestou depoimento
ontem à tarde no Fórum Criminal em Goiânia, em audiência do processo em que é
acusado por suposto caixa dois na campanha de 2006, em que se elegeu senador.
Em detalhes
O tucano falou e depois acompanhou o depoimento de 13
testemunhas, sendo que 10 pela defesa e 3 pela acusação. No mesmo processo, Alcides
Rodrigues foi condenado em maio deste ano a mais de dez anos de prisão.
Cobrança
Representantes da Caoa se reuniram com Lissauer Vieira sobre
cortes em incentivos e o deputado Wagner Neto (Pros) questionou Cristiane
Schmidt se “na crise, não é necessária política de incentivos para manter e
gerar empregos”.
Resposta
“O estado faz sua parte e pretende desburocratizar a
concessão de incentivos fiscais. Cumprimos com a obrigação de cortar excessos,
como o acúmulo de benefícios, mas a política está mantida”, respondeu a
secretária.
Sintonia
A Comissão de Finanças da Alego marcou audiência com Schmidt
e técnicos da Secretaria de Saúde para dia 4 de dezembro, sobre emendas
impositivas para 2020.
CURTAS
– A Federação Goiana dos Municípios aponta que extinção de
municípios não é a solução para as gestões.
– E aponta ainda que a proposta é “equívoco que demonstra a
falta de conhecimento do Governo em relação ao Brasil”.
– Já o presidente Bolsonaro aponta que “o
povo vai decidir”, sobre fusão de municípios com menos de 5 mil habitantes.