“Durmo com a consciência dos homens justos e honestos”, diz Lula no ABC Paulista
No ABC Paulista, em São Bernardo do Campo, o líder petista se reuniu com familiares, membros do PT e de movimentos sociais no Sindicato dos Metalúrgicos – Foto: Pinto / Fotos Públicas
Leandro de Castro
Após ser solto na sexta-feira (8), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a São Paulo na manhã deste sábado (9). No ABC Paulista, já no início desta tarde, em São Bernardo do Campo, o líder petista se reuniu com familiares, membros do PT e de movimentos sociais no Sindicato dos Metalúrgicos, onde falou para milhares de pessoas que o aguardavam com faixas, cartazes e mensagens de apoio. Com o ex-presidente, viajaram o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann e o fotógrafo oficial de Lula, Ricardo Stuckert.
Em seu segundo discurso após sua soltura, Lula reafirmou sua inocência e voltou a criticar o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro. “Durmo com a consciência dos homens justos e honestos. E eu duvido que o Moro durma com a consciência tranquila. Eu duvido que o seu Dallagnol durma com a consciência tranquila que eu durmo. Aliás, eu duvido que o Bolsonaro durma com a consciência tranquila que eu durmo”, disse.
Ele também afirmou que o Brasil era um país reconhecido mundialmente e que, hoje, está sendo destruído. “Esse país é de 210 milhões de habitantes e a gente não pode permitir que os milicianos acabem com esse País que nós construímos. Esse País que era respeitado no mundo inteiro, esse País que era admirado no mundo inteiro, eles estão destruindo esse País. Temos de dizer, em alto e bom som: nós não vamos deixar que eles destruam o nosso Brasil. É isso que nós temos de dizer”, declarou.
Em tom de campanha política e ovacionado pelos presentes, Lula também fez referência às eleições presidenciais de 2022. “Se nós trabalharmos direitinho, em 2022 a chamada esquerda que o Bolsonaro tanto tem medo vai derrotar a extrema direita que nós tanto queremos derrotar”, frisou.
Por fim, o ex-presidente disse que pretende fazer outro pronunciamento à nação e que pensará nas palavras para que o discurso não seja encarado como “vingança”. “Aos 74 anos de idade, eu não tenho direito de ter ódio mais no coração. Estou de bem com a vida e vou lutar por esse País. Daqui uns 20 dias quero fazer um pronunciamento ao povo brasileiro”, concluiu.