Manifestação contra chegada de Jean pede declaração “firme” da diretoria
Movimento se reuniu próximo a entrada principal do estádio Olímpico – Foto: Felipe André
Felipe André
Antes da bola rola para Atlético Goianiense e Goiânia,
válido pela segunda rodada do Campeonato Goiano, no estádio Olímpico, uma
manifestação foi realizada na avenida Paranaíba, local da principal entrada da
praça esportiva. Dezenas de mulheres se reuniram para protestar contra a contratação
do goleiro Jean, por parte do rubro-negro goiano. O atleta foi acusado pela
esposa de agressão e tem processo em andamento nos Estados Unidos.
Com cartazes e carro de som, a manifestação além de protestar
contra Jean, levantou a bandeira contra a agressão a mulheres. Cida Alves, 52
anos, é psicóloga e liderou o movimento que promete não parar enquanto a
diretoria não se posicionar de maneira firme, se não acontecer, Cida garante
que estará no próximo jogo do Atlético como mandante e que está entrando em
contato com diversas organizações feministas e mídia nacional.
“Nós estamos muito ofendidas, primeiro pelo crime que o Jean
cometeu. Quem assistiu as cenas sabe da violência que foi, o que ela passou e a
violência que as crianças presenciaram. Essa situação é um crime e ele tem que
responder por isso. Nós não aceitamos que a direção do Atlético que é um responsável
social minimize isso. Nós exigimos da direção uma fala firme e segura de que
não aceita qualquer tipo de violência contra a mulher e que convoque os
torcedores para uma campanha pelo fim da violência contra a mulher”, ressaltou
Cida Alves.
O goleiro ainda não fez a sua estreia e nem foi relacionado
pelo Atlético. Como se reapresentou mais tarde do que seus companheiros, segue trabalhando
sua parte física antes de ficar à disposição de Cristovão Borges e ainda não
tem um prazo definido para entrar em campo.