Justiça do Paraguai nega prisão domiciliar a Ronaldinho por não possuir imóvel no país
O juiz responsável também ressaltou o risco do ex-jogador deixar o país antes da conclusão da investigação – Foto: Reprodução
Da Redação*
A Justiça do Paraguai negou nesta terça-feira (10) o pedido
de transferência para prisão domiciliar do ex-jogador de futebol Ronaldinho
Gaúcho e de seu irmão e empresário, Roberto de Assis Moreira. Segundo o jornal
ABC Color, o juiz Gustavo Amarilla alegou que os brasileiros não comprovaram
possuir um imóvel no país que sirva como garantia da fiança. E que há o risco
de os dois deixarem o Paraguai antes da conclusão da investigação.
Ronaldinho e Assis permanecerão presos em caráter preventivo
em uma cela especial da Polícia Nacional, em Assunção, onde estão desde a
última sexta-feira (6), acusados de uso de documentos adulterados. O ex-jogador e seu irmão chegaram ao Paraguai na manhã da
última quarta-feira (4). Embora cidadãos brasileiros possam ingressar no país
vizinho apenas apresentando o documento de identidade brasileiro, Ronaldinho e
Assis entregaram aos agentes da imigração um passaporte paraguaio preenchido
com seus dados pessoais, como se fossem cidadãos naturalizados paraguaios.
Apesar de estranharem o fato, os agentes autorizaram o
ingresso da dupla. Horas mais tarde, os dois foram alvos de uma operação que
levou promotores do Ministério Público e policiais a vasculharem os quartos do
resort em que Ronaldinho e Assis estavam hospedados e apreenderem os documentos
adulterados.
Na quinta-feira (5), promotores da Unidade Especializada em
Crime Organizado, do MP paraguaio, propuseram que o ex-jogador de futebol e seu
empresário fossem liberados por estarem colaborando com as investigações. Com
base nisto, Ronaldinho e Assis prestaram novos depoimentos na sexta-feira (6), já preparados a deixar o país. Mas, após cerca de seis horas de
audiência, o juiz Mirko Valinotti indeferiu o argumento do MP, estabelecendo um
prazo de dez dias para que os promotores responsáveis pelo caso reavaliassem a
situação.
O Ministério Público, então, voltou atrás em sua manifestação. Um novo
promotor, Osmar Legal, da Unidade Especializada em Delitos Econômicos, foi
designado para o caso e, ainda na sexta-feira (6), recomendou que Ronaldinho e
Assis fossem presos em caráter preventivo. Detidos, os dois brasileiros estão
desde então em uma cela especial da Polícia Nacional, em Assunção.
*Com informações Agência Brasil