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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Isolamento social

Sem consenso, Caiado pode desistir de novo decreto em Goiás

“Se não tem uma adesão como houve no primeiro, para que fazer um novo decreto para ser letra morta?”| Foto: Divulgação

Postado em 14 de maio de 2020 por Redação
Sem consenso
“Se não tem uma adesão como houve no primeiro

Eduardo Marques*

O governador Ronaldo Caiado (DEM) sinalizou na manhã desta quinta-feira (14) que pode desistir do novo decreto para restringir as atividades sociais e econômicas como medida para conter o avanço do novo coronavírus (Covid-19). “Decreto pra quê, se as pessoas não vão seguir?”, perguntou durante entrevista à CBN Goiânia. 

O anúncio de um novo decreto ocorreu após Goiás atingir, por dias seguidos, o último lugar no índice de isolamento social do País. Contudo, a possibilidade de volta das restrições enfrentou resistência principalmente entre os prefeitos e o setor industrial. Líderes religiosos e até técnicos da área da saúde também ponderam que o mais adequado seria manter as medidas atuais, com aumento da fiscalização. 

Perguntado sobre as manifestações contrárias ao endurecimento das regras, o democrata afirmou que, como governador, tem a prerrogativa de editar o documento, mas questionou: “Se não tem uma adesão como houve no primeiro, para que fazer um novo decreto para ser letra morta?” 

Caiado repetiu diversas vezes durante a entrevista que a medida só tem efeito se tiver a adesão de todos, e disse não fazer sentido baixar um decreto que não tenha “um sentimento da população”. “Por que nós chegamos a 70% (taxa de isolamento) no primeiro decreto? Porque todos nós alcançamos a causa. Nós estamos colhendo os bons frutos desse decreto”, disse. 

Hospitais privados com leitos ociosos

Nessa quarta-feira (13), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) publicou uma nota de esclarecimento à população sobre a atual situação do setor hospitalar privado goiano.

No documento, a associação afirma que “busca esclarecer a população sobre inverdades que vêm sendo veiculadas durante essa pandemia e que só contribuem para gerar pânico entre as pessoas, comprometendo a assistência a quem necessita dos cuidados médico-hospitalares”.

Na nota, a associação disponibiliza dados de que atualmente, os hospitais privados estão funcionando com uma ociosidade que chega a 80% em algumas unidades. Ou seja, a maior parte dos leitos está vazia devido à redução por parte de atendimentos eletivos e à baixa procura por parte e pacientes suspeitos de Covid-19.

Já nas unidades de Pronto-socorro, o atendimento dos hospitais associados caiu, em média, 50% desde o início da pandemia.  E nos hospitais associados que possuem leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) contabilizam 500 leitos, destes, 100 foram disponibilizados exclusivamente para atendimentos de Cocid-19. Atualmente a médica de ocupação destes leitos é de 20%.

Balanço

Goiás totaliza 1.225 casos confirmados de Covid-19, de acordo com o boletim atualizado e divulgado nesta quarta-feira (13) pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO). Destes, 61 óbitos também foram confirmados em decorrência da doença. 

*Com informações da CBN Goiânia 

 

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