Presidente do DEM Anápolis e outros investigados são soltos
Cacai Toledo, ex-prefeto de Campinaçu Nenzão e empresários são suspeitos de crimes contra a administração pública
Nielton Soares
O presidente do DEM em Anápolis Carlos César Toledo, conhecido como Cacai Toledo, o ex-prefeto de Campinaçu Nenzão e empresários, investigados por suspeitas de crimes contra a administração pública, foram soltos no domingo (19).
Eles cumpriam o período de prisão temporária, desde a última quinta-feira (16), quando foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) a Operação Negociatas.
De acordo com as investigações da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Weliton Fernandes Rodrigues, o Nenzão, ex-prefeito de Campinaçu, e o empresário Flávio Ramos estariam associados a Cacai Toledo, então diretor-administrativo da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e os empresários Joaquim Inácio Guimarães Filho e Ernesto Augusto Eichler estariam envolvidos em suposta cobrança de propina para manutenção de contrato da Codego com empesas.
Além disso, a apuração indica que Albert Faisher de Barros e Paulo como participante do esquema, mas ele não foi preso, apenas um mandado de busca e apreensão foi cumprido. Os demais investigados estavam presos na carceragem da Delegacia Estadual de Capturas, em Goiânia.
A defesa de Cacai, Teodoro Pacheco, informou que o cliente apenas se manifestará no processo. A reportagem não conseguiu contato com os demais investigados, mantendo assim o espaço aberto para manifestações.
No STJ
Em 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) concedeu habeas corpus aos investigados na Operação Negociatas. De acordo com o relator do caso à época no STJ, ministro Olindo Menezes, a investigação policial se deu sem apontar qualquer indício de prática ilícita e teria sido conduzida de maneira descabida, com uso de quebra de sigilo irregular de parte dos então investigados.