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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Peça fundamental

Caso Danilo: menor que foi testemunha chave terá proteção

O adolescente, que não terá a identidade divulgada por questões de proteção, alegou ter visto Reginaldo e Hian entrarem na mata com Danilo, no dia que a criança desapareceu – Foto: Reprodução

Postado em 1 de agosto de 2020 por Redação
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Marcella Vitória

Um adolescente, que por questões de segurança não terá a idade divulgada, foi peça fundamental para que a polícia identificasse Reginaldo Lima Santos, de 33 anos, e Hian Alves de Oliveira, de 18 anos, supostos autores do assassinato de Danilo de Sousa Silva, de sete anos. 

Foi esta testemunha, que já está recebendo proteção da polícia, que viu quando Reginaldo e Hian entraram com a criança na mata, no final da tarde do último dia 21 de julho, data em que a criança desapareceu.

Segundo o delegado Rilmo Braga, a força tarefa montada pela Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH) já monitorava dois suspeitos, e decidiu prendê-los em flagrante, após ouvir este adolescente.

Braga alega que esta testemunha foi fundamental e contribuiu de forma significativa com as provas e suspeitas que as investigações já trabalhava. O jovem não será relacionado no inquérito, e apesar das precauções, será solicitado a inclusão do adolescente no programa de proteção à testemunha.

Ainda segundo o delegado, a perícia confirmou que Danilo, além de ser afogado, foi agredido com um pedaço de madeira na cabeça, braços e costas. 

A testemunha relatou ter visto que um dos dois maiores que entraram com a criança na mata tinha, nas mãos, um pedaço de madeira. 

Em depoimento, Hian disse que apenas segurou o Danilo para que Reginaldo o agredisse, mas foi descoberto que ele também pulou várias vezes na cabeça da criança, que segundo os peritos, também sofreu afundamento de crânio. 

Sem estupro

Apesar de uma autópsia inicial realizada na segunda-feira (27), dia que o corpo foi encontrado, mostrar que Danilo apresentava lesões na região perianal, o titular da DIH disse que uma segunda análise descartou a possibilidade que o menor tenha sido estuprado. 

“Ele de fato teve as nádegas machucadas pelo pedaço de madeira, mas a própria perícia constatou, posteriormente, que não houve violência sexual, mas sim agressões com o mesmo pedaço de madeira com que  o padrasto bateu nele em outras partes do corpo. O short que ele vestia, inclusive, nem foi retirado pelos dois agressões”, disse Braga.

Motivação

Durante depoimento, Hian disse que aceitou participar do assassinato de Danilo porque Reginaldo teria prometido lhe dar uma moto. A motivação do crime, de acordo com o que já foi apurado até agora pela DIH, foi porque Reginaldo não gostava dos enteados. Para Hian, ele teria dito que pretendia se livrar de Danilo também porque não concordava com o mau comportamento da criança.

 

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