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sábado, 11 de janeiro de 2025
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Caso Danilo

Justiça converte em preventiva prisão dos suspeitos de matar menino Danilo

Os dois foram presos em flagrante na sexta-feira (31). A prisão temporária iria se expirar nesta segunda-feira (3). Eles estão presos na Delegacia de Capturas| Foto: Reprodução/ Polícia Civil

Postado em 2 de agosto de 2020 por Redação
Justiça converte em preventiva prisão dos suspeitos de matar menino Danilo
Os dois foram presos em flagrante na sexta-feira (31). A prisão temporária iria se expirar nesta segunda-feira (3). Eles estão presos na Delegacia de Capturas| Foto: Reprodução/ Polícia Civil

Eduardo Marques

O Poder Judiciário homologou o auto de prisão em flagrante dos suspeitos pelo assassinato contra o menino Danilo de Souza de 7 anos. Segundo a Polícia Civil de Goiás, a prisão em flagrante ainda foi convertida em preventiva. Desta forma, Reginaldo Lima Santos, 33, padrasto do menino, e o colega, Hian Alves de Oliveira, 18, vão continuar presos e custodiados na Delegacia de Capturas. 

Por meio de nota, a corporação agradeceu ao Poder Judiciário e ao Ministério Público pela compreensão dos fatos e pela necessidade da prisão preventiva dos suspeitos, conforme pleiteado pela Delegacia de Homicídios.

O padrasto é suspeito de bater no garoto com pauladas e de pisar na cabeça dele contra a lama, agressões que causaram a morte do menino, segundo a polícia. A participação de Hian Alves no crime foi auxiliar Reginaldo durante a ação, em troca de uma moto e um carro. O jovem detalhou o crime à polícia.

Os dois podem responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver e se forem condenados pela Justiça de Goiás, as penas chegam a 33 anos de prisão.

Reginaldo e Hian já têm passagens pela polícia. O antecedente criminal de Hian Alves é por lesão corporal.

A ficha de Reginaldo Lima é mais extensa: por ameaça, direção perigosa, lesão corporal, injúria, ato obsceno e tentativa de feminícidio contra a mãe de Danilo, Gracilene Almeida da Silva, em 2018. À época, ela estava grávida e foi esfaqueada pelo companheiro, que chegou a ser preso preventivamente. 

Policiais da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) vão fazer nesta semana a reconstituição da morte da vítima. O trabalho de remontagem do crime vai traçar as últimas horas de vida do menino, a partir do momento em que ele saiu de casa com destino à residência da avó, os passos que fez até ser levado para a mata, como foi agredido, morto e deixado na lama.

A equipe da DIH, que é a base da força-tarefa montada para solucionar o caso, também vai ouvir novas testemunhas durante este trabalho, incluindo pessoas que teriam presenciado toda a ação dos suspeitos. Segundo o delegado Rilmo Braga, uma testemunha considerada fundamental para a investigação será mantida em absoluto sigilo, por se tratar de um adolescente.

Caso Danilo

Danilo desapareceu no último dia 21 de julho e teve o corpo encontrado seis dias depois, a 100 metros da casa onde morava. A perícia apontou que a criança foi agredida com um pedaço de madeira e foi afogado na lama em uma mata.

O delegado Rilmo Braga explicou que o padrasto estava insatisfeito com a convivência com o menino e tinha aversão aos dois enteados. Ao todo, a família era composta por seis crianças, sendo que apenas quatro eram fruto da relação de Reginaldo com a mulher. Braga descartou, neste momento, a prática de violência sexual contra o menino durante o crime.

O delegado Ernane Oliveira Cazer, que também investiga o caso, descreveu a participação do servente de pedreiro. “O padrasto prometeu uma moto e um carro para Hian ajudá-lo. Ele, então, esperou o padrasto e o menino entrarem na mata e, depois, foi ao local para ajudar a segurar a criança, enquanto o padrasto machucava o menino, por pura maldade”, detalhou o investigador.

Rilmo Braga explica que Hian trouxe revelações que somente uma pessoa que esteve no local do crime poderia saber. 

A perícia feita no corpo e no local que ele foi encontrado apontaram que Danilo foi asfixiado em lama, como explicou o gerente do Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia, o médico legista Mário Eduardo Cruz. Segundo ele, o corpo do menino estava no local há alguns dias – entre sete e dez.

 

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