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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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Apresentaram problemas

Justiça determina que Taurus troque 704 pistolas da Polícia Civil de Goiás

Decisão alega que armas realizavam disparos involuntários, o que é negado pela empresa. Em caso de descumprimento da liminar, a multa é de R$ 5 mil por dia – Foto: Reprodução

Postado em 11 de agosto de 2020 por Redação
Justiça determina que Taurus troque 704 pistolas da Polícia Civil de Goiás
Decisão alega que armas realizavam disparos involuntários

Marcella Vitória

Uma decisão liminar da Justiça de Goiás determinou que a empresa Taurus Armas S/A troque 704 pistolas do modelo PT 24/7 PRO D vendidas à Polícia Civil de Goiás. Segundo o documento, as armas fornecidas inicialmente não foram aprovadas pelo Exército Brasileiro e uma perícia apontou que poderiam disparar involuntariamente. A decisão cabe recurso. 

As armas foram adquiridas em 2015 via processo licitatório, com recursos do Ministério da Justiça e contrapartida do Estado de Goiás, no total de R$ 1,323 milhão. A decisão da juíza Zilmene Gomide da Silva Manzoli, da 4ª Vara da Fazenda Pública estadual, partiu de uma ação civil pública proposta pela Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE), sob pena de multa diária de R$ 5 mil.

As pistolas foram adquiridas em julho de 2015 e, no processo, a PGE demonstrou que o Comando Logístico do Exército Brasileiro constatou irregularidades na fabricação do lote de armas produzido pela indústria, com indícios de modificação do projeto. Constatou-se também um mau funcionamento de travas de segurança, problema que ocasionou disparos involuntários, tendo como vítimas policiais militares em Goiás. 

Em nota, a Taurus informou que não foi intimada da decisão, e que a empresa demonstrou no processo que inexistem os problemas no armamento fornecido e que o pedido de fornecimento de armas novas é incabível. O comunicado diz ainda que “a Taurus demonstrará na ação a improcedência de todas as alegações do estado de Goiás, bem como buscará responsabilizá-lo e seus agentes por todas as ações sem embasamento legal tomadas contra a empresa”. 

A magistrada considera a medida de substituição das pistolas como urgente, pois aguardar o fim do processo levaria “risco eminente os portadores das pistolas em referência, bem como a sociedade”. Zilmene destaca ainda que “a Polícia Civil desguarnecida de armamento de qualidade, resultaria em agravamento da segurança pública”. 

A Polícia Civil informou, por meio de nota, que “é representada pela Procuradoria Geral do Estado, não cabendo, então, discutir acerca de qualquer decisão judicial”.  

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