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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
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Operação Vendilhões

Padre Robson afirma que se afastou da Afipe para ajudar em investigações

Em vídeo postado nas redes sociais o padre negou os crimes – Foto: Divulgação

Postado em 23 de agosto de 2020 por Redação
Ex-funcionária da Afipe conta que seu nome foi utilizado como laranja pelo padre Robson
A mulher contratada como empregada doméstica declarou ter emprestado seu nome por amizade/ Foto: Reprodução

Igor Afonso

O padre Robson de Oliveira Pereira, investigado por suspeita
de usar dinheiro de doações de fiéis para comprar uma casa na praia, fazendas e
itens de luxos, postou um vídeo em suas redes sociais  negando os crimes. No
vídeo, ele afirma ter se afastado da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe),
para colaborar com as investigações do Ministério Público. 

Na última sexta-feira (21), o Ministério Público de Goiás
(MP-GO) realizou a Operação Vendilhões , que investiga o uso de R$ 120 milhões da
Afipe para comprar imóveis milionários e o uso das doações fora das atividades
ligadas à igreja.

“Sempre estive e continuo à disposição do Ministério
Público. Por isso, esse meu pedido de afastamento vai me permitir colaborar com
as apurações da melhor forma e com total transparência para que seja confirmado
que toda doação que fazemos ao Pai Eterno – terços rezados, o dinheiro doado,
tempo, carinho, trabalho empregado na evangelização – foi toda, repito, toda
empregada na própria associação Afipe em favor da evangelização”, disse no
vídeo.

Segundo o MP-GO, a entidade presidida pelo padre recebia
cerca de R$ 20 milhões em doações por mês e, esse dinheiro seria usado, entre
outras finalidades, para a construção da nova Basílica, orçada, inicialmente,
em R$ 100 milhões. A construção tinha previsão para ser entregue em 2022 e foi
adiada para 2026.

Investigações de 2019

A investigação que resultou na Operação Vendilhões iniciou
em 2019, após um grupo criminoso ser condenado por ter extorquido o padre
Robson. Na época, cinco pessoas exigiram mais de R$ 2 milhões para que não
fossem divulgadas imagens e mensagens eletrônicas com informações pessoais,
amorosas e profissionais do religioso e, assim, prejudicassem a imagem dele.


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