Justiça condena organização criminosa envolvida em homicídios e tráfico de drogas
Segundo a denúncia, os réus se estruturam com a finalidade de comercializar entorpecentes em Paranaiguara e praticar homicídios| Foto: Reprodução
Da Redação
Um grupo de Paranaiguara, a cerca de 350 km de Goiânia, envolvido em tráfico de drogas e uma série de assassinatos, foi condenado por crime de organização criminosa, conforme sentença da juíza Placidina Pires, da Vara dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores. Os homicídios e o narcotráfico serão julgados em procedimentos distintos.
Foram condenados Eduardo Rosa Maciel, apontado como líder, e Kellen Franccheska Medeiros, Helloyna Aparecida Ferreira da Silva, Herik de Morais Lima e Deildo Alves de Souza. Eles fazem parte do grupo chamado “Família Macaco Loko” e receberam penas superiores a sete anos de reclusão.
Segundo a denúncia, os réus se estruturam com a finalidade de comercializar entorpecentes na cidade e praticar homicídios. Para a condenação, a magistrada analisou depoimentos testemunhais e interceptações telefônicas, que confirmaram a existência da organização criminosa, com, inclusive, distribuição de funções entre os membros.
Para a pena, a juíza Placidina Pires considerou a “elevada a reprovabilidade na conduta perpetrada, uma vez que os sentenciados constituíram o grupo criminoso seguindo regras draconianas”. Uma das testemunhas, inclusive, relatou que havia uma espécie de “tribunal do crime”, no qual os integrantes da organização decretavam a morte dos rivais e, até mesmo, de outros membros.
A magistrada ainda ponderou como desfavoráveis as circunstâncias da infração penal, sendo que o líder do grupo, Eduardo, já se encontrava preso e as ordens eram dadas por meio de celular clandestino a Kellen, que se incumbia de repassar aos demais membros. Segundo investigações, ao menos quatro pessoas foram mortas por ações da organização – as vítimas Danillo Maik Barbosa da Silva, Fábio Alves Tolentino, Sidney do Nascimento Alves e “Paulinho da Van”, além de terem planejado outras duas mortes.
O Hoje não conseguiu entrar em contato com os citados, mas esclarece que o espaço continua aberto, caso haja interesse de se manifestar.