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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
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Aparecida de Goiânia tem Centro de Saúde empoeirado e sem uso

Centro de Diagnóstico paralisou atendimento para funcionar como apoio em internações de Covid-19| Foto: Wesley Costa

Postado em 1 de setembro de 2020 por Sheyla Sousa
Aparecida de Goiânia tem Centro de Saúde empoeirado e sem uso
Centro de Diagnóstico paralisou atendimento para funcionar como apoio em internações de Covid-19| Foto: Wesley Costa

Igor Caldas

O Centro de Diagnóstico e Especialidades Clínicas de Aparecida de Goiânia, no bairro Jardim Nova Esperança, teve os serviços transferidos no início do mês de julho para a sede da Associação Comercial e Industrial do município (Aciag) com a promessa de usar a estrutura robusta da unidade de saúde em apoio ao combate da Covid-19 no município que conta com 90 leitos hospitalares. A parte externa do local está sendo usada para testes rápidos de Covid-19 via drive-thru apenas até as 12h.

De acordo com o site da Prefeitura de Aparecida de Goiânia, a estrutura do Centro de Especialidades do município realizava mais de 15 mil consultas por mês, previamente agendadas com mais de 15 médicos especializados. De acordo com a administração do município, pequenas cirurgias deveriam ser realizadas no local.

Atualmente, o interior do edifício está empoeirado, sem cuidado e sem uso. Nas janelas espelhadas do prédio lê-se que os atendimentos estão sendo realizados em outro local, mas não há nenhum endereço indicado e não havia funcionários para dar orientações na tarde de ontem (31). No aviso, consta que os atendimentos estão em novo endereço e começarão a ser feitos a partir do dia 13 de julho.

O técnico de informática Hélio Chaves está precisando de atendimento considerado de alto custo com profissionais médicos de cardiologia e dermatologia. Ele foi ao Centro de Especialidades médicas do município para buscar atendimento. “Não vi anunciado em nenhum lugar que os atendimentos haviam sido transferidos para outro lugar”.

Ele ainda diz que no local havia apenas três funcionários que o orientaram a procurar a sede da Aciag. “Sinceramente, deixar uma estrutura gigante como o prédio do centro de especialidades para usar a sede de uma Associação Comercial em atendimento médico não tem lógica alguma”, lamenta.

O edifício do centro de especialidades médicas no Jardim Boa Esperança deveria reforçar a rede de atenção aos pacientes com Covid-19.  O centro de internação do local receberia pacientes com a doença que necessitassem de tratamento sem uso de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

A unidade de saúde deveria dar suporte ao Hospital Municipal (HMAP), que concentra a maioria das UTIs públicas da cidade. Atualmente, o HMAP conta com 150 leitos intensivos e semi-intensivos e se fosse reforçado pelo Centro de Internação, poderia completar 240 leitos específicos para a Covid-19.

Novo endereço

Na sede da Aciag, localizada ao lado da Cidade Administrativa, no Setor Solar Central Park, os atendimentos que eram feitos no prédio do Centro de Especialidades estão sendo realizado em 15 consultórios montados com divisórias de plásticos no espaço interno da Associação. A prefeitura de Aparecida alega que a estrutura montada no local comporta até 200 atendimentos em 10 tipos de especialidades médicas por dia.

A equipe do jornal O Hoje tentou contato com a Prefeitura de Aparecida de Goiânia sobre a questão do uso do Centro de Diagnóstico e Especialidades Clínicas, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. (Especial para O Hoje)

Abrigos para idosos recebem testagem gratuita para Covid-19 

Idosos e trabalhadores de 27 Instituições de Longa Permanência de Idosos (Ilpis) do Estado realizarão exames para detecção de Covid-19 totalmente de graça por meio de uma parceria entre o Governo de Goiás e a Fundação do Banco Itaú. Ao todo 1.878 pessoas sendo 713 servidores e 1.165 idosos, população que faz parte do grupo de risco do Coronavírus, farão os testes.

A Ilpis estão divididas em seis diferentes municípios goianos: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Goiânia, Luziânia, Rio Verde e Santa Helena. Na primeira etapa da parceria, foram doados pelo banco máscaras, protetores de acrílico, sabonete líquido, luvas, coletes, aventais, álcool em gel, termômetros para medição de temperatura e oxímetros, num custo de aproximadamente R$ 30 mil.

Os equipamentos de prevenção recebidos serão utilizados nas ações combate à pandemia. Além de monitorar a saúde dos moradores, eles vão servir para higienização, comunicação e entretenimento neste momento em que as visitas estão suspensas nas Ilpis.

Também por meio da parceria as instituições receberam doação de kits compostos por tablet, máquina de lavar, secadora, aparelho celular, rádio e TV.As entregas dos equipamentos foram feitas pelas equipes da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado (Seds), bem como o acompanhamento dos profissionais de saúde responsáveis pelos testes nas 27 Ilpis. 

De acordo com a Secretária da Seds, Lúcia Vânia, essa parceria com o Itaú ajudou muito a fortalecer os trabalhos de proteção aos idosos que estão nas 27 Ilpis em Goiás.“Sempre prezei e busquei parcerias para ajudar a promover o desenvolvimento social em nosso Estado. No Governo de Goiás, além dos órgãos governamentais, as demais instituições públicas e os outros poderes, a iniciativa privada é sempre solicitada a ajudar. E sempre que é, colabora com os goianos”, disse.

Diretora da Associação Evangélica Beneficente Monte Sinai, mantenedora do Abrigo Monte Sinai, de Anápolis, Patrícia Gomes observa que a parceria da Seds e do Banco Itaú foi muito importante para a instituição, por oferecer a testagem da Covid-19. “Até então, a gente ficava sem saber se estava ou não com a Covid-19. Ter podido contar com essa parceria foi de grande importância para nós, para nos trazer um pouco mais de tranquilidade, tanto para os internos, quanto para os colaboradores,” afirma Patrícia.

Outra Ilpi a receber os benefícios da parceria foi o Abrigo dos Idosos São Vicente de Paulo, de Goiânia. Conforme a diretora da unidade, Ana Karolina Rodrigues Aires, as doações encaminhadas pelo Banco Itaú chegaram na hora certa. “Pois não contávamos mais com EPIs para todos os funcionários, nossos aparelhos de saturação e termômetros eram poucos e necessitavam de higienizações recorrentes, para evitar a contaminação”, observa ela.

Ana Karolina ressalta ainda que os equipamentos dos kits como tablet, rádio e TV ajudam a amenizar a ociosidade que a pandemia instaurou na instituição quando ocorreu a proibição de visitas da comunidade e dos familiares dos idosos. Além disso, diz que a máquina de lavar e a secadora irão proporcionar agilidade na lavagem dos uniformes. “E também evitará a contaminação das roupas e pertences dos idosos”, finaliza ela. (Manoela Messias, especial para O Hoje)

 

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