Militares podem ainda se filiar a partidos para as eleições deste ano
Os profissionais das forças de segurança não podem estar filiados a partido político e buscam, na véspera das convenções, sigla para viabilizar candidaturas | Foto: Reprodução.
Dayrel Godinho
Em situação
totalmente anômala, os militares da ativa ainda correm atrás de partido para
concorrer ao pleito municipal deste ano. Eles têm que encontrar uma sigla até o
dia 16 de setembro, quando se encerram as convenções partidárias.
Impulsionados pelo êxito
eleitoral em 2018, os militares pretendem concorrer ao pleito e estão
articulando para encontrar uma sigla. Mais próximos do pSl do prefeitável Major
Araújo, os pré-candidatos à vereador estão articulando para concorrer pela
sigla, mas vão aguardar a data da convenção.
São os casos de Cabo Thiago Henrique
(sem partido), Cabo Rodolfo Souza (sem partido), Sargento Mario Augusto (sem
partido) e do Tenente César Salustiano (sem partido). Os militares fazem sombra
aos dois militares eleitos, Cabo Sena (patriota) e Sargento Novandir
(Republicanos), que já são filiados a uma agremiação por estarem com mandato.
Próximo ao PSL, o pré-candidato
Rodolfo Souza, que também é professor, afirma que “ainda não há nada definido”,
porque eles precisam passar pela convenção partidária, mas ele acredita que
será um dos postulantes à Câmara Municipal, após as convenções partidárias.
“Temos muitos nomes [de militares da ativa] com qualidade para defender a
segurança pública”, comentou.
Os pré-candidatos estão se
aproximando de candidaturas de prefeitáveis também ligados a segurança pública.
É o caso do cabo Thiago henrique. O pré-candidato está mais próximo do DC, que
tem o deputado estadual delegado Eduardo prado (DC) como possível nome para a
prefeitura, junto com o pré-candidato Gustavo Gayer.
Sem a certeza de que estará na
sigla, porque isto só será definido mediante convenção partidária, Thiago
henrique adianta que deve ser aclamado na sigla. “O partido nosso será o
Democracia Cristã (DC). um partido com os pilares baseados na família, na
religião e no patriotismo. Me representa muito bem”, comenta o pré-candidato.
Convenção
Ainda há possibilidade de saírem muitos nomes
porque, como os pré-candidatos militares não podem estar filiados à uma
agremiação, tudo pode acontecer, inclusive militares surgirem para concorrer ao
pleito, sem ter lançado uma pré-candidatura.
O advogado eleitoralista Leon
Safatle, explica que é uma situação bastante anômala, porque quem está na ativa
não pode estar filiado a nenhum partido político, mas eles podem se eleger,
desde que seja aclamado em convenção eleitoral.
De acordo com Safatle, se o
militar da ativa for escolhido em convenção e for eleito em novembro, ele
precisa se afastar da carreira militar assim que acontecer a diplomação. “Com
menos de dez anos da carreira militar, ele precisa se afastar de forma
definitiva, se tiver mais de dez anos, ele vai passar para a reserva”, explica.
Mas é importante lembrar que,
eleito, o militar deve respeito à sigla que o elegeu. “Ele precisa manter
compromisso com a agremiação”, conclui. (Especial para O Hoje)