Lula, ex-ministro Antonio Palocci e Okamotto são denunciados pela Lava Jato
MPF no Paraná investiga repasse de R$ 4 milhões ao Instituto Lula, dissimulado como doação por Marcelo Odebrecht | Foto: Reprodução.
Nielton Soares
O ex-presidente Lula, o
ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e o presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto, foram denunciados por lavagem de dinheiro. A ação foi ajuizada pela força-tarefa
da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) no Paraná, nesta segunda-feira
(14/9)
De acordo com a ação, os crimes
apontados ocorreram por meio de doações para dissimular o repasse de R$ 4
milhões, movimentados durante o período de dezembro de 2013 a março de 2014.
Segundos os procuradores da
República, os valores teriam sido repassados ao grupo mediante quatro operações
feitas pelo Grupo Odebrecht em favor do Instituto Lula, cada repasse no valor
de R$ 1 milhão. “São centenas de provas, de comunicações a planilhas e
comprovantes de pagamento que ligam a doação formal de altos valores a
possíveis ilícitos praticados anteriormente”, cita o documento.
Na denúncia da Lava Jato é
indicado que Marcelo Odebrecht dissimulou um repasse de propina, que atenderia
a pedido do próprio Lula e Okamotto. O valor foi repassado diretamente ao
Instituto Lula como doação formal. “Os valores foram debitados do crédito ilícito
de propina contabilizado na ‘Planilha Italiano’, mais especificamente da
subconta chamada “amigo” (apelidado dado a Lula, apontam provas), na qual foi
inserida a anotação ‘Doação Instituto 2014’ no valor de R$ 4 milhões”, destaca
o MPF.