Ministro da Educação se pronuncia após ser acusado de homofobia
Apesar de ter as próprias convicções, enquanto titular do MEC se reconhece como “ministro de todos” – Foto: Divulgação
Igor Afonso
O ministro da Educação, Milton Ribeiro, voltou a se
justificar no último domingo (27) sobre o momento em que está sendo acusado de
homofobia. Em entrevista ao jornal “O Estado de S. Paulo” o ministro relacionou
a homossexualidade com “famílias desajustadas”.
“Acho que o adolescente que muitas vezes opta por andar no
caminho do homossexualismo (sic), tem um contexto familiar muito próximo, basta
fazer uma pesquisa. São famílias desajustadas, algumas falta atenção do pai,
falta atenção da mãe. Vejo menino de 12, 13 anos optando por ser gay, nunca
esteve com uma mulher de fato, com um homem de fato e caminhar por aí. São
questões de valores e princípios”, disse ao “Estadão”.
No último domingo (27), o ministro voltou a se manifestar a
um veículo de comunicação, porém com um tom mais conciliador dizendo que,
apesar de ter as próprias convicções, enquanto titular do MEC se reconhece como
“ministro de todos”.
Na última sexta-feira (26) a Procuradoria Geral da República (PGR)
solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), abertura de inquérito para apurar
a fala. De acordo com o entendimento prévio da PGR, a declaração pode se
configurar crime de incitação à homofobia. Em nota, o ministro da Educação
rebateu as acusações e disse que jamais pretendeu “discriminar ou incentivar
qualquer forma de discriminação em razão da orientação sexual”.