Defesa de Cristina buscará entrave entre autonomia partidária e princípio democrático
Candidata afirma que a sigla forjou a ata da convenção. Presidente do partido se defende e diz que os prazos foram cumpridos
Raphael Bezerra
A defesa da vereadora e candidata à prefeitura de Goiânia Cristina Lopes (PL) anunciará, em breve durante a coletiva de imprensa marcada para às 15:30, a estratégia para a manutenção da candidatura. Os vídeo da convenção foram utilizados para o Requerimento de Registro de Candidatura Individual (RRCI). Neste processo, é o próprio candidato que pode solicitar o registro. Acontece que Valdery Jose da Silva Júnior, presidente PL municipal, afirma que o partido voltou atrás na decisão feita em convenção, mas a ata da convenção foi alterada antes do fim do prazo legal de 24 horas após a data da convenção. Nesse meio tempo, segundo Valdery, houveram tentativas de negociações entre Cristina e Maguito, que buscava ser candidata à vice do emedebista.
O vídeo da conversão foi utilizado para a formalização do pedido de registro de candidatura de Cristina. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acatou o pedido de registro de candidatura, embora nenhuma candidatura tenha sido indeferida ou acatada até o momento. A defesa de Cristina irá levar o caso à Justiça, alegando que a ata publicada pelo PL não contém o nome dela que foi proclamada na convenção para garantir que seu nome chegue às urnas. Para isso, a defesa diz que levará o caso às instãncias superiores.
O presidente da sigla, alega que houve um equívoco na inscrição do pedido de registro da candidatura da candidata. No site oficial do TSE, Cristina aparece sem um vice candidato e na mesma composição partidária de Maguito Vilela. “Houveram reuniões entre Maguito e Cristina, após o partido voltar atrás na decisão de apoiar o nome de Cristina. Ela queria a vice, mas o acordou não foi fechado, com isso ela registrou a candidatura, inclusive, com o nome do vice da convenção que havia desistido”, sinalizou. Maguito e Cristina dividem a mesma chapa, seundo o site do TSE.
Valdery afirma que a candidata tem sim o direito de pedir o registro da sua candidatura, mas que o partido também se resguarda legalmente de alterar a ata dentro dos prazos estabelecidos por lei. “No sábado o pedido dela foi indeferido por um juiz. Ela alega que ata do partido foi fraudulenta, ela tem o direito, mas não tem sustentação. O vice da convenção desistiu e cumprimos os prazos. A convenção foi dia 16 e no dia 17, depois das reuniões com ela e Maguito, protocolamos a ata da decisão”, finalizou.
Entenda o caso
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou o registro de candidatura do nome de Drª Cristina (PL) para as disputas eleitorais em 2020, a informação foi confirmada em primeira mão pelo O Hoje ainda ontem. Clique aqui. A sigla da candidata havia confirmado a sua candidatura da vereadora em 16 de setembro, mas retirou o apoio para respaldar a candidatura de Maguito Vilela (MDB). Drª Cristina agora figura como candidata do PL no site oficial do TSE: divulgacandcontas.