Indústria: Goiás e cinco estados superam pré-pandemia e fica entre os 12 com crescimento em agosto
Seis federações chegaram a superar a pré-pandemia, dados do IBGE foram divulgados nesta quinta-feira (8) | Foto: Reprodução.
A indústria cresceu em 12 dos 15
estados analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem
de julho para agosto deste ano. O resultado mostra que seis locais já superaram
o patamar pré-pandemia da Covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará (5%),
Goiás (3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%) estão acima do nível de
produção de fevereiro de 2020.
Os dados do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatísticas (IBGE) foram divulgados nesta quinta-feira (8). E
mostrou que a produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, considerada quarta
alta seguida.
Para o gerente da pesquisa,
Bernardo Almeida, esse resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do
isolamento social. “A pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do
movimento de retorno à produção de unidades produtivas, após paralisações e
interrupções por conta da pandemia”.
Na comparação com agosto do ano
passado, a produção industrial apresentou queda de 2,7%, com retração de nove
dos 15 locais pesquisados.
A PIM-Regional apontou que o Pará
teve a maior alta na produção em agosto, com 9,8%. A taxa dá ao estado o
segundo lugar em influência no resultado geral. “É a terceira taxa positiva
consecutiva do Pará, com ganho de 18,2% nesse período”, disse, em nota,
Almeida, acrescentando que o índice foi influenciado pelo desempenho do setor
de extração mineral, que equivale a aproximadamente 88% da produção industrial
paraense.
Segundo o IBGE, a indústria de
São Paulo continua como maior influência da série de altas do setor. Em agosto,
o aumento foi 4,8%. “O setor de veículos puxa o resultado, já que é bastante
atuante na indústria paulista”, afirmou Almeida, citando também o bom
desempenho do setor de máquinas e equipamentos. São Paulo acumula a quarta taxa
positiva consecutiva, somando 39,8% no período. Entretanto, ainda está 0,6%
abaixo do período pré-pandemia,
O Rio de Janeiro apresentou alta
de 3,3%, a sétima maior taxa no mês, mas a terceira maior influência no
resultado nacional. “Este índice foi puxado pelo setor de derivados do
petróleo, mais especificamente, o refino. A metalurgia também ajudou”, disse o
gerente da pesquisa.
Também é a quarta taxa positiva
consecutiva da indústria fluminense, com acumulado de 19,1% no período. Segundo
a pesquisa, o Rio está quase alcançando o patamar de fevereiro de 2020, estando
0,1% abaixo do nível de produção pré-pandemia.
Por outro lado, Pernambuco
(-3,9%) e Espírito Santo (-2,7%) tiveram as maiores quedas no mês. A produção
industrial pernambucana, após três meses de altas que somaram 40,3%, caiu por
conta do resultado mais baixo do setor de bebidas, muito atuante dentro do
estado. Ainda assim, Pernambuco está na lista de locais que superaram o nível
de fevereiro. Minas Gerais, com variação de negativa de 0,4%, completa a lista
de quedas. (Com informações da Agência Brasil)