Parecer divulgado em 2018 afirma que produto contra fogo utilizado na Chapada dos Veadeiros é tóxico
O produto é chamado de “Fire Limit”, e apesar de ser tóxico, ele já foi utilizado em outras operações e teve resultados positivos. – Foto: Reprodução
Ana Julia Borba
Parecer publicado em 2018 pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Ibama) afirmou que produto utilizado no combate nas chamas na região da Chapada dos Veadeiros pode ter efeito tóxico.
O combate durou cerca de 16 dias na região, destruindo mais de 75 mil hectares. O produto é chamado de “Fire Limit”, e apesar de ser tóxico, ele já foi utilizado em outras operações e teve resultados positivos. No documento consta que “os estudos apresentados indicam que o produto é biodegradável e apresenta baixa toxicidade para seres humanos e para algumas espécies representavas do ecossistema aquático”.
Na última segunda-feira (12), o Ibama divulgou nota afirmando que o produto é de baixa toxicidade, e afirmou que ele já foi usado em vários outros países. O documento também esclarece que, devido ao fogo causado, não considerar o uso desses retardantes “seria ignorar a preponderância dos ganhos versus os riscos avaliados, restando claro que os ganhos, no caso concreto, superam em muito os riscos”.
A população se manifestou contra o Ministério da Saúde após a decisão de utilizar o produto. Em resposta aos manifestantes, a assessoria do Ministério chamou os moradores de “maconheiros”, e disse que a opinião deles não tem relevância.
No documento também consta que o produto deve ser utilizado em último caso, e que é aconselhável que a plicação seja evitada em Áreas de Preservação Permanentes.