Pesquisa revela que quase 40% dos empresários goianos apostam na retomada econômica a partir do ano
Levantamento, realizado em setembro com empresários de vários setores, mostrou que mais de 70% das empresas de Goiás não demitiram na pandemia| Foto: Divulgação
Da Redação
De acordo com um levantamento, realizado entre 11 e 22 de setembro, pela Câmara Americana de Comércio de Goiânia (Amcham-GO), em parceria com o Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas da UNIALFA, 38,5% dos empresários do Estado acreditam que o mercado voltará à normalidade apenas a partir do segundo semestre de 2021.
Já 31,4% dos executivos goianos apostam que os negócios voltarão ao normal até o final de 2020. Para 5,8% dos entrevistados, a rotina das empresas só será estabelecida, de fato, em 2022. E 24,3% disseram não fazer ideia de quanto tempo irá demorar para as organizações se habituarem novamente às práticas anteriores à pandemia.
A pesquisa apontou ainda que, segundo os entrevistados, entre os desafios que as empresas irão enfrentar na retomada pós-pandemia, estão: adaptação à nova realidade, com 26,2%; seguidos por financeiro e falta de vacina, ambos com 14,8%; mercado (13,9%); tecnológico (10,7%); pessoas (9%); gestão (6,6%) e reformas governamentais (4,1%).
Para a coordenadora da Amcham Goiânia, Anessa Caparelli Santos, com a retomada gradual das atividades no estado, as pequenas empresas estão se recuperando, já as médias e grandes estão avançando. “O pequeno negócio foi muito prejudicado com o período total da quarentena, então foi preciso reduzir de tamanho para continuar operando e alguns, infelizmente, não sobreviveram e fecharam as portas. Já as médias e grandes empresas, principalmente as que estão em segmentos favorecidos pela pandemia, como o agronegócio, saúde e farmacêuticas, têm aproveitado essa oportunidade para crescer e utilizar, cada vez mais, os recursos tecnológicos a seu favor”, ressalta.
Com relação à expectativa dos empresários para os próximos meses e 2021, Anessa afirma que são otimistas. “As empresas que conseguiram crescer neste ano, mesmo com a pandemia e os desafios que ela provocou, há uma meta ainda mais ousada para o ano que vem. Já as organizações que tiveram um ano de recessão, têm a necessidade de correr atrás do prejuízo no ano que vem”, explica.
A sondagem feita pela câmara revelou também que 71,4% das organizações goianas não precisaram demitir nenhum funcionário. Somente 28,6% dos empresários entrevistados informaram que demitiram. Conforme o estudo, o setor da economia que menos desligou profissionais, precisou suspender contratos ou reduzir carga horária em Goiás foi o de serviços. 49,3% dos empresários que atuam na área não demitiram, em segundo e terceiro lugares estão o comércio, com 12%, e a indústria, com 9,3.
“As ações para manter os empregos foram importantes para as empresas atravessarem o momento mais difícil da pandemia. E, à medida em que a flexibilização avança, as atividades econômicas têm sido retomadas, o que contribui para o fortalecimento dos setores na retomada pós-pandemia”, diz a coordenadora regional da Amcham-GO, Anessa Caparelli Santos.
A pesquisa da Amcham-GO, que teve como objetivo identificar o posicionamento dos empresários de Goiás, com relação ao momento que o estado vem enfrentando, contou com a participação de 188 gestores, sendo líderes que atuam na indústria, serviços e comércio.