Vacinação antes do retorno às aulas é fundamental para evitar segunda onda da doença, diz Caiado
Governador esclarece que, com base em artigos divulgados, a volta antes da imunização das crianças foi determinante para aumento no número de novos casos de infecção pela Covid-19 na Europa| Foto: Octacilio Queiroz
Da Redação
O governador Ronaldo Caiado (DEM) reforçou, nesta quinta-feira (29), que “Goiás está no caminho certo” em relação ao controle da pandemia e assegurou que as aulas presenciais no Estado devem ser retomadas, de forma integral para toda a rede, apenas após a vacinação. “Qualquer retorno às aulas presenciais vai atender esse lado da imunização, que é fundamental para nós não termos a segunda onda da doença”, frisou em live transmitida pelas suas redes sociais.
Caiado apontou que o retorno antecipado às aulas presenciais foi responsável, segundo artigos publicados pela imprensa internacional, pela segunda onda de infecção pela Covid-19 em países da Europa. “Diagnosticaram que a causa determinante foi muito mais o retorno antecipado, que aconteceu na França, Espanha, e hoje os países estão já sentindo o resultado com toque de recolher e recessões maiores”, contou o governador.
Segundo os artigos, continuou Caiado, as crianças passam a ser transmissoras, com capacidade de contaminar um grupo relativamente grande dentro da própria família. “A criança, que está ali, pode fazer com que o pai, tio, avô [tenham contato com o vírus]. Ela pode fazer com que haja uma proliferação do vírus”, esclareceu.
O tema foi levantado pelo questionamento de uma internauta a respeito do retorno às aulas presenciais antes ou após a vacinação. Na quarta-feira (28), a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou que o Centro de Operações de Emergências (COE) em Saúde Pública de Goiás para Enfrentamento ao Coronavírus deliberou que “há condições epidemiológicas para retorno às aulas presenciais”.
Os critérios que, segundo o COE, permitem o retorno são a queda sustentada de 15% no registro de óbitos no Estado (há quatro semanas consecutivas) e a manutenção de uma taxa de ocupação hospitalar em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) inferior ou igual a 75%, pelo mesmo período.
Após o anúncio da deliberação do COE com relação ao retorno da rede pública, a Secretaria da Educação de Goiás (Seduc) informou que a decisão será debatida entre o Estado, Ministério Público, Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) e representantes de pais e estudantes para que seja garantido o ensino-aprendizagem para os estudantes como está ocorrendo em todo o período da pandemia da Covid19.
“Quero tranquilizar a todos, mais uma vez, o controle de imunização será mantido pelo Ministério da Saúde”, ressaltou o governador, que citou a autorização dada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a importação de insumos para a produção de vacina. “Tenho mantido essa tese [do retorno somente com a vacina], tenho discutido isso. E já teve a aquisição de 6 milhões de doses pelo Ministério da Saúde. Então, não terá nenhum estado que estará à frente do outro, isso é uma política nacional.”