Médico goiano realizará procedimento de separação de gêmeas siamesas em Salvador
De acordo com a subsecretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim, as gêmeas estão interligadas pelo fígado. – Foto: Reprodução/ Sesab
Ana Julia Borba
Em Salvador, uma jovem de 18 anos deu à luz gêmeas siamesas na última quinta-feira (29). A cirurgia de separação das gêmeas será realizada pelo médico goiano especialista no procedimento, Zacharias Calil, na maternidade José Maria de Magalhães Netto, em Salvador.
De acordo com a subsecretária da Saúde da Bahia, Tereza Paim, que também é neonatologista, uma avaliação preliminar revelou que as gêmeas estão interligadas pelo fígado. A subsecretária também afirma que exames preliminares devem ser feitos para realizar a cirurgia.
“A cirurgia de separação deve ocorrer dentro de um mês, assim que ganharem um pouco mais de peso, evoluírem na maturidade pulmonar e os exames forem concluídos”, completou a subsecretária.
Outro caso
No último domingo (25), as gêmeas siamesas Laura e Laís Silva, que também são da Bahia, chegaram em Goiânia para a realização do procedimento. As gêmeas nasceram no dia 15 de agosto de 2019, sendo transferidas no dia seguinte para o Materno Infantil, em Goiânia.
As gêmeas estiveram no hospital novamente em março desse ano para realizar os primeiros exames preliminares da cirurgia, já que as duas compartilham do mesmo intestino.
Essa semana Laura e Laís passarão por uma bateria de exames, entre eles, está o teste da Covid-19. “Depois, vamos fazer uma avaliação geral e preparar para colocar o expansor de pele. Elas devem ficar com ele cerca de 20 ou 30 dias. Se tudo der, elas já ficam para fazer a cirurgia de separação”, contou o médico Zacharias Calil.
Esse tipo de nascimento é considerado raro, estatísticas apontam que a cada 100 mil nascimentos, um é de gêmeos siameses. A primeira separação de gêmeas siamesas no Centro-Oeste, foi realizada em Goiânia. Larissa e Lorrayne eram unidas pelo abdômen e pela pelve, compartilhando rins, estômago, bexiga, intestino grosso, uretra, vagina e ânus. Elas nasceram em setembro de 1999 e foram separadas com 10 meses de vida, em julho de 2000. O caso era inédito no estado.