Fiocruz inicia estudo da progressão da Covid-19 em seres humanos
O chamado Rebracovid será conduzido em oito municÃpios. Foto: Reprodução/ Agência Brasil
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou um estudo que irá descrever a progressão da covid-19 em seres humanos, desde o começo da infecção até o desfecho. O chamado Rebracovid será conduzido em oito municÃpios e contará com a participação de 5 mil voluntários. Além da Fiocruz, o estudo envolve outras 13 instituições de pesquisa e saúde.
A Fiocruz anunciou hoje (3) que iniciou as atividades de recrutamento para o estudo. De acordo com a fundação, os participantes passarão por avaliação clÃnica e laboratorial minuciosa, incluindo a testagem para infecções por vÃrus respiratórios e outras condições consideradas relevantes à pesquisa. Aqueles com diagnóstico confirmado da covid-19 serão acompanhados por até um ano.
Serão também, segundo a Fiocruz, realizadas análises laboratoriais sofisticadas para melhor entender a resposta imune e inflamatória do corpo humano à covid-19, bem como buscar testes que possam predizer o risco de um indivÃduo evoluir para a forma grave ou não.
O Rebracovid tem como objetivo caracterizar clinicamente a infecção por Sars-CoV-2 e descrever a história natural desse agravo. O estudo vai ainda acompanhar o perÃodo de pós-infecção para avaliar possÃveis sequelas da doença. A intenção é que conhecendo os diferentes cenários nos quais a infecção ocorre e as caracterÃsticas que podem impactar o desenvolvimento da doença, seja possÃvel reduzir o impacto da covid-19 na saúde pública e na economia.
Banco para pesquisas
Os materiais biológicos coletados dos voluntários e das pessoas com as quais tiverem contato, por meio dos exames e testes, serão guardados para que possam ser usados em pesquisas. Todas as informações clÃnicas estarão associadas à s amostras, auxiliando na interpretação dos dados. As amostras serão armazenadas no biorrepositório central do estudo, na Plataforma de Medicina Translacional da Fiocruz, em Ribeirão Preto (SP).
A coleta servirá também para avaliar o desempenho do teste rápido TR DPP® Covid-19 IGM/IGG, desenvolvido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos). Os resultados serão comparados a testes de resultados moleculares (RT-PCR), bem como a outros testes sorológicos não rápidos. Dessa forma, de acordo com a Fiocruz, será possÃvel constituir um biorrepositório de amostras, caracterizadas clinicamente, que possam ser compartilhadas para a avaliação de testes diagnósticos.
Este será o primeiro estudo complementar da Rede de Pesquisa ClÃnica e Aplicada em Chikungunya (Replick), coordenada pela Fiocruz. Participam também a Bio-Manguinhos/Fiocruz, o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), a Plataforma de Medicina Translacional da Fiocruz (Ribeirão Preto/SP), o Instituto Gonçalo Moniz (Bahia), a Fiocruz Rondônia e a Fiocruz Mato Grosso do Sul. (Agência Brasil)