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domingo, 24 de novembro de 2024
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Comércio

Confiança no comércio está em queda neste fim de ano

De acordo com o CNC, o índice de Confiança do Empresário caiu 0,5% em dezembro/ Foto: reprodução

Postado em 17 de dezembro de 2020 por Jyeniffer Taveira Silva
Confiança no comércio está em queda neste fim de ano
De acordo com o CNC

O
Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou queda de 0,5%
em dezembro, alcançando 108,5 pontos. É a primeira redução desde junho, quando
o índice havia atingido a mínima histórica de 66,7 pontos. Na comparação anual,
o Icec registrou recuo de 13,3%.

Embora
o índice de confiança permaneça na zona de avaliação positiva, ainda está 20
pontos abaixo do nível pré-pandemia de covid-19.

Segundo
a CNC, a queda no índice é diretamente influenciada pela redução das
expectativas para o curto prazo e das intenções de investimentos. Na satisfação
quanto às condições correntes, o indicador (+1,7%) desacelerou em comparação
aos avanços dos últimos meses.

O
subíndice referente às expectativas caiu pela primeira vez em cinco meses
(-1,7%). Quanto às intenções de investimento, o subíndice também experimentou
queda na variação mensal (-0,2%), a primeira desde julho.

“O
mês de dezembro é o mais importante do varejo em número de vendas. Este ano,
apesar da pandemia, o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]
tem mostrado que o desempenho do comércio vem melhorando, e a própria CNC
revisou esta semana a expectativa de consumo em dezembro para um crescimento
real de 3,4%. Mas a redução no valor do benefício emergencial e pressões sobre
os custos e preços são fatores que ajudam a explicar essa pequena redução
observada na confiança”, disse, em nota, o presidente da CNC, José Roberto
Tadros.

Agravamento da pandemia

A
economista da CNC Izis Ferreira, responsável pela pesquisa, explicou que o
agravamento da pandemia e a perspectiva de fim do auxílio emergencial, no
início de 2021, injetaram mais incertezas no setor impondo novos desafios de
recuperação para os próximos meses.

“Diminuiu
a proporção de empresários que esperam melhora na atividade no curto prazo, bem
como no desempenho do varejo. Já a intenção de investimento na empresa ainda
mantém alguma evolução, pois fatores como a manutenção das taxas de juros em
nível baixo favorecem o acesso ao crédito”, afirmou a economista.

O
item referente às condições atuais da economia cresceu, mas em menor ritmo
(+1,3%). Desde julho, a avaliação dos comerciantes quanto ao desempenho
econômico atual vem melhorando, mas 69,2% consideram que as condições estão
piores do que há um ano, indicador que havia alcançado 71,4% em novembro.

Agência Brasil

 

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