Agência Nacional de Saúde recebeu cerca de 15 mil queixas relacionadas à covid-19
A taxa de ocupação de leitos exclusivamente alocados para covid-19 subiu para 63% em novembro ante 54%/ Foto: reprodução
Desde
março até novembro, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recebeu
14.991 reclamações de usuários de planos de saúde relacionadas à covid-19. O
dado faz parte do Boletim Covid-19 divulgado hoje (18) pela agência reguladora,
que monitora informações assistenciais e econômico-financeiras do setor durante
a pandemia.
Em
novembro foram registradas 1.163 reclamações, queda de 4,1% em relação ao mês
anterior. Do total de reclamações sobre covid-19 registradas no mês passado,
69% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e
tratamento, 20% se referem a outras assistências afetadas pela pandemia e 11%
são reclamações sobre temas não assistenciais (contratos e regulamentos, por
exemplo).
Além
das quase 15 mil reclamações, a ANS recebeu também 18.488 pedidos de informações
sobre procedimentos relacionados à covid-19.
A
taxa de ocupação de leitos exclusivamente alocados para covid-19 subiu para 63%
em novembro ante 54% verificado em outubro. E a taxa de ocupação de leitos para
os demais procedimentos passou de 68% em outubro para 71% em novembro.
Em
novembro, houve queda no número de queixas registradas pelos consumidores por
meio dos canais de atendimento da ANS. Foi registrado um total de 13.367
demandas envolvendo todos os temas, redução de 2% em comparação a outubro.
Em
relação à inadimplência, tanto para planos individuais ou familiares quanto
para coletivos, os indicadores de novembro apresentaram queda em relação a
outubro. No mês passado, o percentual geral de inadimplência ficou em 6%, ante
9% em outubro. Nos planos individuais ou familiares, passou de 12% para 9%; nos
coletivos, de 6% para 4%.
O
boletim traz os números preliminares de beneficiários em planos de assistência
médica registrados em novembro, antecipando as informações completas que serão
divulgadas no início de janeiro. Nesse mês, foi mantida a tendência de
crescimento que vinha sendo verificada nos meses anteriores: o setor registrou
47,36 milhões de beneficiários em planos de assistência médica, um aumento de
0,3% no comparativo com o mês anterior, consolidando o crescimento iniciado em
julho, e de 0,73% em relação ao mesmo período de 2019.
A
taxa de crescimento do número de beneficiários idosos (acima de 59 anos) também
se mantém positiva em todos os tipos de contratações, sendo ainda maior do que
as taxas observadas em outubro. Já no caso dos beneficiários da faixa etária
até 59 anos, a taxa de crescimento foi negativa somente nos planos de
contratação individual ou familiar (-0,40%).
“Esse
resultado é condizente com a conjuntura da pandemia, indicando que a população
mais vulnerável se esforça para preservar ou ampliar a cobertura assistencial,
e que os efeitos da crise econômica e do desemprego prejudicam a manutenção dos
planos para a população em idade ativa”, diz a ANS.
Agência Brasil