Paulo Daher protocola ações contra Maguito e é exonerado pelo governador
Ex-vereador do PMN havia pedido à Justiça a cassação do prefeito e vice de Goiânia poucos dias após ganhar cargo na Secretaria de Administração de Goiás | Fotos: reprodução
Nathan Sampaio
Poucos dias após ganhar cargo no governo estadual, o ex-vereador Paulo Daher (PMN), foi exonerado nesta quinta-feira (07/01). O motivo foram duas ações propostas pelo Partido da Mobilização Nacional, presidido por Daher em Goiás, à Justiça Eleitoral pedindo a cassação dos diplomas do prefeito eleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), e do vice, Rogério Cruz (Republicanos). Segundo o PMN, a equipe de Maguito “fraudou a eleição” ao divulgar informações falsas sobre o estado de saúde de Maguito.
Paulo Daher, que não conseguiu ser reeleito em 2020 e havia ganhado um cargo de assessor especial AE1, da Secretaria de Administração, com salário de R$ 10 mil, chegou a dizer, em época de campanha, que Maguito não teria condições de assumir a Prefeitura caso fosse eleito e que o vice Rogério Cruz (Republicanos) é que governaria. Além disso, o ex-vereador ainda citou “estelionato eleitoral” e disse que falava como médico, levantando a possibilidade até de danos cerebrais em Maguito.
No protocolo do PMN, uma ação alega que as informações divulgadas pela equipe de campanha do emedebista sobre a internação de Maguito, davam uma ideia equivocada de melhora, quando na verdade havia piora. A outra ação pediu um recurso contra a expedição do diploma e posse, e diz que Maguito não tinha condições de elegibilidade. Segundo advogado da legenda, o artigo 14 da Constituição prevê a necessidade de pleno exercício dos direitos políticos. O advogado do PMN requereu, inclusive, a oitiva dos médicos do Hospital Albert Einstein e os prontuários por causa dos boletins de saúde divulgados.
A exoneração de Paulo Daher, por sua vez, foi oficializada em edição extra publicada pelo Diário Oficial de Goiás nesta quinta-feira (07/01).