Desigualdade de renda e social, o resultado de décadas de políticas antiliberais
Artigo de opinião sobre a foto que viralizou em na internet em Goiás neste final de semana | Foto: Delcio Gonçalves
Victor Salatiel Cintra
A foto reflete uma dura realidade sobre o nível de desigualdade no Brasil: Seguidamente o leitor deve escutar que a desigualdade de renda no Brasil está ligada a políticas liberais ou neoliberais. O argumento acima parece desconsiderar é a base real das políticas públicas adotadas no Brasil nas últimas décadas, estão muito longe de refletir o pensamento liberal clássico
Levando em consideração a partir do período militar, 1964 a 1985, tivemos um modelo de desenvolvimento econômico dependente pela máquina do estado e pouca abertura para o exterior. Nada mais longe do que pensam os liberais.
No atual período democrático, passamos a viver sob a constituição de 1988, chamada “constituição cidadã”. Na qual se materializou sob gastos públicos descontrolados e carga tributária crescente. Além de um Estado brasileiro fortemente regulador que sufoca qualquer que queira se aventurar em empreender no Brasil.
Liberalismo x desequilíbrio de renda
A parte do desequilíbrio que se explica pelo mérito e pelo esforço do indivíduo, é aceita e quando se reflete um sistema de recompensas pelos diferentes esforços e pela competição dos indivíduos para geração e distribuição de bens e serviços. O indivíduo que se esforça para gerar mais inovação, tecnologia, produto, competição, qualidade ou preço será mais remunerado pelo mercado (preferência do consumidor) que os demais. A intenção do pensamento meritocrático é colocado na famosa história da formiga x cigarra.
O liberal percebe que a desigualdade da formiga e da cigarra não merece reparação, visto que trata-se de uma desigualdade resultante de escolhas próprias. Todavia, sinaliza que as desigualdades fruto das circunstâncias merecem reparação.
Intervenções sistemáticas do Estado que regulam o empreendedor aumentam de maneira indesejada as desigualdades de renda, ao invés de diminuí-las. Desequilibrando a balança dos que querem buscar inovar e empreender. O estado sufoca.
O pensamento liberal busca igualdade em tratamento através do Estado. Evitar e combater privilégios é um passo para começar a equilibrar a balança da desigualdade no Brasil. Vivemos no Brasil em que políticos, e judiciário, servidores são recheados de vantagens sobre os demais brasileiros. O direcionamento preferencial para investimento do Estado em áreas de formação do ser humano também é uma luta para nós liberais. Oportunidade de educação de qualidade, saúde, segurança e infraestrutura básica é o pontapé para a equiparidade de oportunidade.
No Brasil, a loteria de nascer pobre ou rico ainda é o principal determinante do sucesso na vida. Essa direção está muito mais próxima de um moderno liberalismo, que valoriza a igualdade de oportunidades, do que do conjunto de políticas públicas que já foram praticadas até aqui.
Países liberais lideram ranking de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) da ONU. Os 20 primeiros países que lideram o ranking são países com economia muito livre, em decorrência de o IDH ser, atualmente, a mais conhecida medida do grau de desenvolvimento humano de um país, o ranking apresentado no referido relatório costuma ser propagado no mundo inteiro como o principal refletor de qualidade de vida. (Especial para O Hoje)